Temos hoje dois tipos de internautas os veteranos, que já têm hábitos de navegação estabelecidos e são cada vez mais exigentes, e os calouros iniciantes, para quem tudo é lindo e maravilhoso, e que provavelmente vão gastar a maior parte do seu tempo trocando piadas e fotos por e-mail e procurando sites de sexo no Japão e na Suécia. (São esses os que acabam abrindo arquivos I love you e coisas do estilo). Você tem que adequar o seu site a ambos os públicos, principalmente com a enxurrada constante de novos internautas.
Exemplo: uma batata custa US$ 0,79 por quilo, um carro
custa US$ 5,95 por quilo, um computador US$ 168 por quilo e um remédio como o Viagra, por
exemplo, cerca de US$ 23.199.
Isso mostra claramente que, quanto mais sofisticado o produto/serviço (logo, quanto mais
informação e conhecimento for necessária para desenvolvê-lo), mais caro ele é.Mas se
a informação é tão importante, porque essa bagunça toda na hora de organizá-la?
No começo, os maiores sistemas de busca orgulhavam-se de ter milhões e milhões de
páginas catalogadas. Hoje ninguém mais se posiciona como o maior catálogo de endereços
do mundo simplesmente porque ninguém quer chegar no Cadê, digitar
vendas ou marketing e aparecerem 536 registros. Possivelmente os
20 primeiros serão analisados, o resto vai para o lixo. Não temos tempo para analisar
tudo queremos a informação filtrada e editada.
Então vemos textos intermináveis, com letras
estranhas, fundos coloridos, colunas longas, movimentos que distraem e tudo que for
possível imaginar para fazer com que o leitor não assimile a informação (enquanto a
banda larga não chegar, somos todos leitores na Internet).
David Ogilvy nunca fez nada na Web, mas organizou as regras de como fazer com que um texto
seja lido. Na Internet, essas regras continuam as mesmas (e estão todas lá, no seu livro
Confessions of na Advertising Man é de 1963, porém está mais atual do que
nunca).
Se quiser ter excelentes exemplos de diagramação, visite as homepages do UOL e Terra.
Mas se você quer realmente aprofundar-se, leia Visual Explanations, do Tufte.
Não estamos nem falando de logística, que a grande pedra no sapato do e-commerce brasileiro do que adianta ter a informação no seu site, se o cliente não encontra? Os cursos de biblioteconomia mudaram seu nome, recentemente, para Gestão da Informação. Agora pergunto: quantos sites brasileiros de profissionais de Gestão da Informação atuando agressivamente e com poder de decisão, na forma como as informações são apresentadas/arquivadas/catalogadas num site?
Fortunas gigantescas poderiam ser economizadas em propaganda e pesquisa se as empresas dessem mais atenção a esse simples detalhe. Se a eficácia do 0800 está mais do que comprovada como ferramenta de Marketing, porque esse mal trato com e-mails?
Resumindo - um pouco de jiu-jitsu no vale-tudo da Internet:
Raúl Candeloro,
Autor dos livros Venda Mais e Negócio Fechado,
é palestrante, editor da revista Técnicas de Venda e
responsável pelo site VendaMais
www.vendamais.com.br
candelo@zaz.com.br
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