A escolha dos equipamentos de coleta de dados
Com o aumento da competitividade, a elevação do nível de serviço ao
cliente tem se tornado uma questão preponderante para a sobrevivência das empresas. A
busca cada vez maior por aumentos de produtividade, altos índices de acuracidade no
estoque e agilidade no atendimento são alguns dos meios para se elevar o nível de
serviço, e a coleta informatizada de dados e a tecnologia de código de barras são
algumas das ferramentas que possibilitam isto.
Atualmente, graças aos avanços da eletrônica, existe uma infinidade de modelos e
opções de equipamentos. A escolha e a configuração correta para a sua empresa e ramo
de atividade pode representar uma economia considerável no investimento inicial e, a
longo prazo, na utilização e manutenção dos mesmos. É importante verificar a
agressividade do ambiente a que os equipamentos estarão submetidos, a necessidade ou não
da utilização de radiofrequência (a adoção de equipamentos RF é uma tendência,
porém o investimento inicial pode diminuir bastante com a aquisição de coletores de
dados convencionais - não RF ou "BATH") e código de barras (nem sempre a
codificação dos produtos é a melhor solução) e o atendimento pós-venda, que é um
dos mais importantes (possivelmente o mais importante) ponto a ser estudado. Por exemplo,
existem algumas empresas do ramo de distribuição de energia elétrica e água que
utilizam coletores de dados do tipo "BATH" para realizar as leituras de consumo
(aqui não há a necessidade de utilização de código de barras) com excelentes
resultados.
É interessante ouvir a opinião de um especialista da área, pois alguns fornecedores de
equipamentos podem ser tendenciosos com relação aos produtos que representam, o que não
dispensa a consulta a vários deles para verificar o que podem oferecer.
Outro ponto importante para o sucesso da adoção de coletores de dados e/ ou código de
barras diz respeito ao sistema de retaguarda. Os coletores, como o próprio nome diz,
apenas guardam os dados coletados. Estes dados precisam ser transferidos para o sistema
que efetivamente os utilizará (na maioria das vezes, este sistema é o próprio ERP ou
WMS da empresa). Muitas implantações fracassaram nesta fase, pois não houve
preocupação com a integração e compatibilidade das bases de dados.
A configuração dos equipamentos está diretamente relacionada com o tipo de operação
que realizarão (separação de pedidos, coleta de dados, conferência, etc.). Número de
linhas no visor, "scanner" para leitura de código de barras, memória e outros
itens devem ser estudados quando da elaboração do projeto.
João Antonio S. Soubihe,
Consultor da IMAM Consultoria Ltda., de São Paulo.
Tel. (0--11) 5575 1400 imam@imam.com.br
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