Quanto maior a padronização de qualquer
processo maior a certeza de sucesso, quer seja esta de procedimento quer seja de um
produto, esta é uma verdade corrente no mundo dos negócios atual, porém no meio
hospitalar ainda sujeito a muitas críticas e deconfianças, observa-se, no entanto uma
grande mudança, pela concorrência, pelo custo médico baseado em altas tecnologias
cobrando uma adequação à realidade de mercado.
Dentre todas as indústrias, a médica hospitalar talvez seja uma das mais complexas, o
imponderável é sempre o dia-a-dia. Não é a diretoria quem define o que se vai ou não
atender, o estoque tem que estar pronto para qualquer tipo de atendimento, não se sabe o
que vai entrar pela porta da emergência e a que horas; não se faz liquidação da sobra
de estoque, talvez estas estejam entre as maiores dificuldades que se tem para adequar:
Demanda x
Giro x
Cobertura de estoque
É claro que algumas regras precisam e devem ser estabelecidas, a Padronização
de Materiais e Medicamentos é uma delas.
Várias são as razões para esta necessidade: alto custo do m² hospitalar, o custo dos
materiais e medicamentos nas contas médicas, a variedade dos itens (aproximadamente
50.000 itens diferentes a disposição do profissional médico), curto prazo de validade
dos produtos (em torno de dois anos), e etc. O profissional de saúde não tem como descobrir as
necessidades futuras de uma unidade hospitalar, mas pode e
deve estabelecer o básico, a sua cesta personalizada, procurando cobrir 90% de
suas necessidades; personalizada porque cada
unidade de saúde é um caso particular com suas equipes e perfis. Estabelece-se assim o
Vo desta unidade, com o compromisso de um estoque constante, e de controle
prioritário. Além de estes itens serem fundamentais, pois são aqueles que manterão a
vida do paciente, não podendo faltar, porque o hospital não é chão de fábrica, não
se permite stockout - sinônimo de morte, perda, fracasso...
Esta também é a base o investimento de partida e fixo de estoque que serve
como ponto básico para qualquer negociação entre tomador e prestador de serviços.
As melhores práticas logísticas para obtenção destes intentos são baseadas em algumas
estratégias que devem constar das metas prioritárias de qualquer empresa de saúde. São
elas:
1. Circulação eficiente
de produtos.
2. Coleta
eficiente e comum das informações.
3. Gestão
eficiente das prescrições.
Essas três estratégias se apoiam em um conjunto de tecnologias e na gestão da relação com os fornecedores, como por exemplo:
Na realidade tudo que foi dito até este
momento não se resume à tecnologia nem tão pouco somente a técnica, mas
fundamentalmente a uma disciplina organizacional, um conjunto de comportamentos.
julho/2001
Andrea Portella,
farmacêutica, Sócia Gerente da HAI-Soluções de Gestão em Saúde Ltda.
andrea_portella@hotmail.com
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