Uma variedade de forças está mudando o
modo como as empresas compram seus insumos e serviços. O gestor de materiais tem
urgência em buscar oportunidades e monitorar essas forças porque estão realmente
reformulando o modo como empresas compram produtos e serviços. São algumas dessas
forças no modo de comprar:
Tecnologia da Informação: Cada vez mais, o processo de Electronic Data Interchange
(EDI) é usado para conectar compradores e vendedores através de seus sistemas de
computadores.
O uso de EDI permite transmissão direta de pedidos e dados, grande redução de tempo,
custos administrativos e de papel. O EDI tem sido a opção preferida para fazer
negócios, tanto para pequenas como para grandes organizações.
A Internet continua sendo crescentemente utilizada como uma ferramenta de pesquisa de
novos fornecedores, conseguindo conhecer informações de novos produtos e colocando
pedidos.
Qualidade: O comprador vai melhorar suas habilidades em utilizar o conceito de
qualidade, com sentimento de proprietário, exigindo a melhor performance possível por
parte do fornecedor.
Produto ou serviço comprado tem de apresentar qualidade e isso é dado como certo, não
é mais a fábrica que vai ficar fazendo controle e checando especificações e
performance do suprimento.
Número de fornecedores: Vantagens evidentes continuarão a aparecer quando a base
de fornecedores é mantida a mais enxuta possível.
Cada vez menos parceiros estarão sendo escolhidos para cumprir à risca os requerimentos
necessários e apostando no negócio de seu cliente.
Fornecedores globais: Tecnologia de informação e de logística aplicadas, têm
tornado o acesso a mercados globais uma realidade, para vários ramos de negócios,
expandindo muito as alternativas de suprimento para a empresa.
Produção flexível: A capacidade de produzir em lotes menores e produtivamente
tem sido outra constante. O comprador continuará sendo desafiado a lidar com
contratação, prazo de entrega e enxugamento de inventários, necessários para lidar com
sistemas de produção flexíveis.
Foco na parceria: As empresas buscarão relacionamentos de longo prazo com seus
fornecedores como sendo o caminho certo para assegurar qualidade e menores custos. Uma
perspectiva de cadeia produtiva ("supply chain") será crescentemente adotada.
Quanto mais o fornecedor estiver alinhado com os objetivos do negócio em que seu cliente
participa, mais dentro da empresa ele estará e por mais tempo.
A empresa assinará contratos de longo prazo com os fornecedores que se dispuserem a
investir em seus clientes.
Custo total do fornecimento: A empresa tentará minimizar custos importantes
associados ao fornecimento, como por ex.: custo da emissão do pedido, custos logísticos
e de armazenagem, e custo do material com defeito. O foco será examinar mesmo todos os
custos envolvidos como resultado em negociar com determinado fornecedor.
A empresa que reconhece as novas modalidades táticas para seus insumos e serviços, as
planeja como parte de sua estratégia, tratando a função de compras como um fator
crítico de sucesso para estar participando hoje e no futuro.
GE: A FUNÇÃO DE MATERIAIS COMPRA PELA INTERNET
A GE representa bem uma série de companhias que estão usando a Internet para uma
variedade de atividades da área de compras.
Esse processo tem sido implementado com sucesso desde 1996 através de um programa chamado
TPN: Trading Process Network, que coloca os compradores da empresa em contato com uma gama
cada vez maior de fornecedores.
O programa TPN propicia aos fornecedores fazer um "download" dos pedidos de
orçamento e de compras emitido pelos compradores da GE. Também troca informações de
desenhos e especificações de peças via monitores de vídeo.
A importância da abordagem eletrônica da função de materiais na GE é enorme visto que
a soma de material comprado pela empresa somente no ano de 1996 foi de USD 1 bilhão. Em
pouco tempo, a empresa espera ter 50% de seus insumos comprados via Internet.
Não só permite reduzir custos na atividade de compras e logística inbound, como também
expandir as opções de empresas fornecedoras. Mas o maior ganho tem sido a habilidade em
combinar pedidos de várias divisões e fábricas da empresa, possibilitando reduções de
preço em troca da escala obtida em um só fornecedor.