FINANCIAMENTO ÀS
EXPORTAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS
No comércio internacional, as exportações brasileiras contam
com dois mecanismos importantes de apoio e ambos, administrados pelo Governo Federal. Um
é o programa BNDES-Exim, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social BNDES e o outro é o PROEX, administrado pelo Banco do Brasil S/A.
A linha de financiamento Exim do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -
BNDES, criada em 1991 (até o primeiro semestre de 1997 era denominada FINAMEX) e, concede
financiamento à produção destinada à exportação, por intermédio de instrumentos de
financiamento competitivos com os similares oferecidos no mercado internacional, com o
objetivo de apoiar as empresas produtoras/exportadoras de bens de capital estabelecidas no
País, nacionais ou estrangeiras. As operações são realizadas em parceria com as mais
de 170 instituições financeiras credenciadas pelo BNDES, que operam no País, dentre
bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de desenvolvimento, bancos de investimento e
financeiras. Para se candidatar ao financiamento à produção, o interessado deve se
dirigir à instituição financeira credenciada de sua preferência para negociar a
operação. Esta é realizada de acordo com as normas operacionais, mediante
apresentação de formulários pré-definidos. O detalhamento deste Programa pode ser
obtido no endereço eletrônico www.bndes.gov.br .
A outra linha de financiamento é o PROEX, fruto da preocupação constante do Governo
Brasileiro em dar suporte financeiro às exportações. Até outubro de 1990, esteve em
vigor o Fundo de Financiamento às Exportações FINEX, que disponibilizou recursos
tanto para a produção destinada à exportação quanto para a exportação propriamente
dita. Em seqüência foi criado o PROEX, em 01.06.91, objetivando financiar vendas
externas de bens e serviços nacionais e, consequentemente, oferecer condições
compatíveis com as propiciadas por concorrentes internacionais. As modalidades de
assistência creditícia são duas: PROEX/Financiamento e PROEX/Equalização. Em qualquer
das citadas modalidades, o exportador recebe, à vista, o valor da exportação de suas
mercadorias, vale salientar que o PROEX, até o momento, só está disponível na fase
Pós-Embarque. O PROEX é administrado pelo Banco do Brasil S.A., na qualidade de Agente
Financeiro da União, o qual também divulga informações sobre o Programa em seu
endereço eletrônico www.bancodobrasil.com.br
, principalmente no que diz respeito à parte operacional.
As outras formas de apoio às exportações são o o ACC Adiantamento Sobre
Contrato de Câmbio e o ACE Adiantamento Sobre Cambiais entregues, estas
modalidades de financiamento às exportações são operacionalizadas pelos diversos
bancos comerciais autorizados pelo Banco Central a operar com câmbio. O ACC consiste na
antecipação à empresa exportadora, do recebimento do contravalor em moeda nacional
referente a uma exportação, ou seja o ACC é uma operação de empréstimo. O ACE é uma
antecipação financeira amparada em contrato de câmbio celebrado e em efetiva entrega, a
um estabelecimento bancário, de saques de exportação que serão resgatados
posteriormente pelo importador. A possibilidade de contratação do ACE sempre sucede a do
ACC, pois ambos constituem operações realizáveis em tempos totalmente distintos (um é
antes do embarque e o outro, depois). Entretanto, pode haver contratação de ACE
independente de ter sido negociado anteriormente ACC. O mecanismo do ACE é equivalente
às tradicionais operações de desconto de duplicatas realizadas no mercado interno.
O que estas modalidades de financiamento apresentam de vantagem para o exportador
brasileiro são encargos financeiros menores, adequação às reais necessidades do
exportador, possibilidade de uso de seguro de crédito às exportações e um processo de
concessão mais simples.
Cabe aos exportadores brasileiros escolherem a modalidade que melhor se adapta à sua
necessidade, realizando uma avaliação financeira da possibilidade de obtenção de
maiores níveis de competitividade, visando ainda, manter a margem de lucro que as
exportações podem proporcionar aos agentes produtivos brasileiros.
Saumíneo da Silva Nascimento,
Especialista em Comércio Exterior, Economista, Pós-Graduado em
Comércio Exterior pela Universidade Católica de Brasília, Doutor em Geografia pela
Universidade Federal de Sergipe, pós-Doutorando em Comércio Exterior pela American World
University - AWU e Diretor de Planejamento e Articulação de Políticas da
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE.
ssn@sudene.gov.br
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