Em um
mercado competitivo, a exigência por soluções efetivas e mudanças inovadoras no setor
logístico é cada vez maior. Grandes investimentos tornam-se justificáveis, quando o
assunto em pauta evidencia a necessidade da atualização de uma empresa perante os
desafios da logística.
Diante deste quadro, a Tecnologia
da Informação (TI) ganha um importante papel, senão fundamental no setor logístico, em
que dispõe-se de modernas ferramentas especializadas pelos desenvolvedores locais e
internacionais.
Com o objetivo de ser um
instrumento facilitador no processo da tomada de decisão, a TI possibilita a integração
e a troca de informações entre as atividades que compõem a cadeia de valor de uma
empresa, ou seja, as chamadas atividades primárias que tratam desde a entrada de
pedidos até sua entrega ao cliente e as atividades secundárias que
provêem a infra-estrutura e a tecnologia para viabilizar o atendimento ao cliente.
Para entendermos sobre os
componentes emergentes da TI e sua aplicabilidade, o primeiro passo é termos explícitos
os processos que compõem essa cadeia de valores, sua interação com o mercado, clientes
e fornecedores.
Vamos iniciar nossas
considerações com uma analogia: como fica o conceito da Cadeia de Abastecimento (Supply
Chain), aplicado à tecnologia de informação? Da mesma forma que cada elo (agente) da
cadeia de abastecimento agrega valor enquanto processa suas matérias-primas gerando
produtos, cada processamento na cadeia de informação enriquece o conteúdo.
Na prática dispomos de um oceano
de dados, dos quais podemos extrair diversas informações e então sintetizar algum
conhecimento, que enfim provê subsídios críticos para a tomada de decisões. Contudo, a
progressão nesta cadeia de informações não é tão fácil quanto parece, exigindo um
enquadramento da realidade, identificação de padrões e modelagem das regras.
Em seguida, é necessário
desenvolver aplicações genéricas que precisam ser parametrizadas, e até mesmo
customizadas conforme as particularidades de cada processo e organização. A próxima
etapa em nossa radiografia da cadeia de informação é identificar os principais
fornecedores das tecnologias fundamentais.
Na teoria sobre sistemas de
informação encontramos alguns conceitos interessantes, capazes de facilitar nosso
entendimento da arquitetura dos computadores. Nestes conceitos, são definidas as camadas
de softwares, decidindo-se em cinco, que progressivamente agregam mais recursos e
funcionalidade aos computadores.
A primeira camada se refere à
plataforma de hardware que processa dados em código de máquina (linguagem hexadecimal).
A Segunda camada contempla o sistema operacional, que está encarregado de gerenciar os
diversos componentes e periféricos conectados no sistema, servindo como uma interface de
comunicação entre o hardware e os níveis seguintes. A terceira camada envolve as
linguagens de programação e os gerenciadores de bancos de dados. Na Quarta camada,
residem os aplicativos para usuários finais. Na Quinta camada encontramos a tecnologia de
Workflow.
Já estão nos laboratório de
pesquisa aplicada as aplicações na Sexta camada, que se popularizarão em breve, com o
advento das tecnologias de interface de voz e linguagem natural.
Na Quarta camada, classificamos
as soluções de TI, definidas como sopa de letras freqüentemente mencionadas
no mundo corporativo, em cinco categorias distintas, o Planejamento, Execução,
Comunicação e Integração; Controle e Concepção e Implementação de Mudanças.
Com a meta de integrar e
automatizar os componentes da cadeia de valor, as soluções de TI referidas acima,
incluem os produtos identificados como: CRM, sistema especializado no atendimento
personalizado do cliente (Planejamento); WMS, sistema que agrega inteligência aos
processos inerentes aos almoxarifados (Execução); EIS, sistema de acompanhamento do
negócio, por meio do monitoramento de seus principais sinais vitais (Controle); entre
outros.
A repercussão dos efeitos
causados com aplicação de uma TI é imensa.
Como exemplo, podemos citar, no setor financeiro, a redução de custos à automação dos
processos, a diminuição de riscos com o processo de simulação; no setor
mercadológico, a qualificação de clientes, a agilidade e velocidade de respostas, a
abertura em novos mercados; quanto aos processos internos, haverá uma melhoria na
comunicação, consistência das informações, incremento de segurança. Lembrando que
esses são apenas alguns dos inúmeros benefícios acarretados pela TI.
Ao avaliar a possível
implementação de qualquer solução de TI, a fim de que os resultados deste processo
sejam os melhores possíveis para sua organização, usualmente recomendamos que sejam
detalhadamente apurados os requisitos e especificações requeridos.
Por requisitos entendemos todas
as características externas observadas de um sistema, cuja presença é desejada por um
usuário, comprador, cliente ou qualquer outra parte envolvida. Os requisitos precisam ser
elucidados, triados e formalizados em termos de especificações. As especificações
traduzem as funções técnicas capazes de atender as necessidades dos envolvidos, sendo
inclusive possível até mesmo aplicar a técnica de QFD (desdobramentos da função
qualidade) para um efetivo sendo de valor nos requisitos requeridos.
junho/2001
Eduardo Banzato e Daniel Gasnier,
Consultores da IMAM Consultoria Ltda., de São Paulo.
Tel. (0--11) 5575 1400
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