Os
grandes desafios dos negócios dos últimos tempos tem sido:
- Obter informações na hora certa, mais detalhadas e mais acuradas. Isso
tem sido realizado com conexões eletrônicas entre clientes, fornecedores e automação
usando EDI, código de barras e Internet.
- Reduzir infra-estrutura necessária. Isso tem sido realizado automatizando as
transações comerciais com sistemas ERP e Internet.
- Encurtar o tempo do ciclo para mudanças de mercado para capitalizar
oportunidades.
- Tomar decisões que melhorem a qualidade do negócio. Essa é a expectativa dos
sistemas de planejamento avançados.
Existem dois tipos básicos de decisões que os
negócios tomam decisões de capital que impactam na estrutura da cadeia de
abastecimento e a execução de planos que afetam a utilização de recursos existentes.
Seria bom se o negócio pudesse responder instantaneamente a toda expectativa do cliente,
mas a realidade para o negócio é que os recursos precisam ser gerenciados porque os
negócios não podem manter um volume ilimitado de recursos aguardando os clientes
solicitarem produtos e serviços. O balanço entre recursos e serviço ao cliente
determina a lucratividade e saúde de um negócio e o gerenciamento desse ponto deveria
ser o foco principal de praticamente todos os negócios.
Descobrir eficiências locais geralmente focaliza as operações internas,
mas conforme o mercado torna-se mais global, com necessidades de melhorias objetivas mais
dramáticas, a cadeia de abastecimento torna-se o centro das atenções e pode ser
descrita em termos de princípios.
O primeiro princípio nos obriga a ter uma visão mais ampla na cadeia de
abastecimento para se tomar decisões. As decisões consideram o impacto sobre clientes e
fornecedores. Indicadores do passado monitoravam o desempenho de funções individuais.
Isso frequentemente levava a ações que prejudicavam o resultado final. As ferramentas
atuais consideram todos os fatores relevantes que oferecem visibilidade de causa e efeito
sobre toda cadeia de abastecimento (ferramentas de análise sistêmica).
O segundo princípio é obter o dado inicial e colocá-lo num formato que
basicamente mostra a relação entre abastecimento e demanda, mas vai além disso para
avaliar o impacto sobre: leadtime, custo, lucratividade e risco. As ferramentas precisam
ser muito mais inteligentes na forma como reúnem informação que auxilia os tomadores de
decisão a visualizarem custo e benefícios. Um corolário para isso é a capacidade de
fornecer visões de onde existem oportunidades para melhorias da cadeia de abastecimento e
restrições de programação.
O terceiro princípio é a automação das decisões. Hoje, muitas
decisões não podem ser automatizadas devido a estruturação da informação relativa
às situações e ao ambiente do mercado, mas ainda mais porque a liderança do negócio
não articulou como deseja reagir à múltiplas possibilidades que existem na forma como
podem prestar serviço ao cliente. Esses são problemas solucionáveis. Conforme são
solucionados, as decisões podem ser mais ou menos automatizadas.
O quarto princípio é a criação de modelos matemáticos que representam
satisfatoriamente a atual cadeia de abastecimento e caminhos alternativos de
configuração e operação. No passado, as decisões eram tomadas, baseadas em dados
limitados e com análise subjetiva. Os modelos futuros mais explicitamente analisarão a
cadeia de abastecimento e operarão por milhares de possíveis variações para encontrar
a melhor solução. Além disso, propiciarão a variabilidade normal que ocorre no
negócio e permitirão ao usuário selecionar seu nível de risco compatível com o custo
associado.
outubro/2002
Reinaldo A. Moura,
Engenheiro com pós graduação em Engenharia da
Produção. Fundador e Diretor do Instituto IMAM, Chefe das Missões Técnicas do IMAM à
Ásia. Consultor e Instrutor da IMAM Consultoria, com especialização em Logística,
Engenharia Industrial, Movimentação de Materiais, Produtividade e Qualidade. Autor de
diversos livros publicados pelo IMAM.
Tel. (0--11) 5575 1400 imam@imam.com.br
Esta página é parte integrante do www.guiadelogistica.com.br .