A logística decidiu a guerra no Golfo! Dito desta forma para um leigo,
isto pode parecer estranho. Porém nos meios militares esta afirmativa tem total
coerência. Você já imaginou a coordenação logística fazendo com que nada faltasse na
hora necessária, o favor preponderante a favor das forças americanas.
Na guerra da competitividade a logística vai representar vantagem competitiva entre
empresas concorrentes.
Quando se fala em logística a idéia predominante é com relação à distribuição
física de produtos acabados, onde pôr sinal já existem processos bem desenvolvidos.
Entretanto a abordagem pelo lado do fornecimento de matérias-primas e componentes, os
sistemas convencionais em uso, estão totalmente ultrapassados.
O maior demonstrativo desta afirmação é o ambiente nos setores de Planejamento e
Controle da Produção ou de Logística, que mais parecem um pregão de Bolsa de Valores,
com os Programadores a beira de um ataque de nervos.
As solicitações freqüentes de troca da programação de entrega, para suprir
necessidades da falta de determinados componentes, geram tumulto no fornecimento e custos
elevados. O sistema "just-in-time" - JIT, passa a operar de modo inverso, e na
base do "Jesus-is-time ".
A logística de abastecimento de materiais tem como princípio entregar o material certo,
na hora certa, na quantidade e qualidade especificadas, evitando interrupções dos
setores de montagem.
Estudos realizados demonstram que, apesar dos níveis de estoques elevados, as
paralisações por falta de componentes chegam a atingir 40% das perturbações
responsáveis pelas paradas das linhas de montagem. Multiplique-se o tempo de parada pelo
número de funcionários envolvidos, e este custo por si só, já justificará ações
corretivas imediatas. Por este motivo o conceito tradicional de que estoques representam
um colchão, eliminando as ineficiências com faltas de material, ou falhas com matérias-primas,
mão-de-obra, manutenção, qualidade e tantas outras.
O sistema logístico de materiais integrando fornecedor - consumidor dentro do princípio
de parceria possibilita eliminar estes problemas e operar máximos inferiores há 10 dias.
No entanto a operacionalização deste sistema requer metodologia e procedimentos
inovadores em relação ao tradicional.
A estruturação do sistema logístico passa a ser linha de produto, em contraposição a
organização convencional por fornecedor. Deste modo quando a linha de montagem para por
falta de um componente até que se elimine a causa geradora do problema. É o consumo, que
priorizando as necessidades de produção, controla os níveis adequados de estoques.
Por outro lado o sistema "MRP" (Material Requirement Planing) que alcança
ótimo desempenho no planejamento de necessidades, se mostra lento e ineficaz para
acompanhar as mudanças rápidas que ocorrem no dia a dia dos setores de produção. Neste
particular o software "SIK" Sistema Integrado KANBAN, permite operar as
funções da logística, segundo a metodologia KANBAN simplificando o processo, trazendo
tranqüilidade operacional para o setor.
A estabilização da economia e a redução gradual das alíquotas de importação estão
obrigando as empresas a rever os conceitos de competitividade. Entretando sem um sistema
logístico que elimine a desordem existente no abastecimento de materiais elas
dificilmente conseguirão adquirir um patamar competitivo diferenciado em relação aos
concorrentes. Com esforço redobrado, podem até alcançar algum resultado. Entretanto a
falta de consciência e de continuidade, se encarregará de jogar por terra, em curto
prazo, os resultados alcançados.
Paulo Décio Ribeiro,
Consultor do Instituto MVC - Estratégia e Humanismo
www.institutomvc.com.br
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