Costumo, em minhas
pesquisas de observação por shoppings, pequenos centros comerciais,
comércio de rua, etc, observar atentamente e analisar o que fazem (ou não fazem) muitos
dirigentes em relação ao consumidor/cliente.
Em muitos casos, lamento profundamente ao ver o baixo nível de
atendimento, o mix e a má exposição de produtos, as técnicas de merchandising
utilizadas, as estratégias e as políticas de preços inadequadas, as mecânicas de
promoção de venda mau trabalhadas, as incompatibilidades na apresentação pessoal dos
funcionários em relação ao que deveria ser para o seu público-alvo, etc, etc, etc.
Como são tantos os assuntos, abordarei, com objetividade nesta mensagem, a questão do
atendimento para com o cliente externo.
Ao lembrarmos de que na concorrência genérica todas as
empresas disputam cada centavo de cada consumidor e de uma frase de Sam Walton, o fundador
da Wal-Mart, clientes podem demitir todos de uma empresa, do alto executivo para
baixo, simplesmente gastando seu dinheiro em algum outro lugar não entendemos como
tantos dirigentes, sejam eles donos de lojas, diretores, gerentes, encarregados, etc,
ficam a discursar sobre a importância do consumidor ou do cliente, mas na prática,
trata-o com desleixo, indiferença, menosprezo.
Não entendemos como não possam enxergar que, depois do cliente interno, o
consumidor/cliente externo é a pessoa mais importante do negócio,
Será que esses dirigentes, não conseguem enxergar que entre outras estratégias e
ações, podem e devem criar vantagem competitiva através das pessoas, que podem
estabelecer objetivos mensuráveis para o atendimento, que podem e devem ter
Será que esses dirigentes não se dão conta de que devem entregar valor
ao consumidor/cliente através dos produtos e/ou serviços (ou os dois) que comercializam
ou que prestam, do conhecimento e da habilidade de seus funcionários e da formatação
das suas imagens? Será que não pensam em quanto custará para um consumidor, afora o que
irá pagar pela aquisição que for fazer, o seu tempo, a sua energia física e psíquica
para procura-los?
Será que esses dirigentes, ao invés de mandar seus
colaboradores, funcionários, ou seja lá qual for a terminologia que utilizam, fazerem
cursos de Qualidade no atendimento ao cliente (ou outros com mesmos
objetivos), não deveriam eles mesmos, buscarem estas informações para compatibilizarem
seus discursos com a prática e servirem de exemplo?
É para refletir e agir, pois com tanta competição no mercado, já passou
da hora de pensar no consumidor/cliente com mais seriedade.
dezembro/2002
Nildo Leite,
Consultor de Empresas, palestrante, coordenador e professor
de cursos de pós-graduação e graduação em instituições de ensino em Salvador-Bahia
nas áreas de Gestão Estratégica e Marketing. É mestrando em Marketing e Gestão
Empresarial pela Universidade Internacional de Lisboa Portugal, pós-graduado
em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP), em Administração
com ênfase em Recursos Humanos pela Universidade Estácio de Sá (UES-RJ) e em Estudos de
Política e Estratégias Nacionais pela Escola Superior de Guerra (ESG/ADESG-BA).
nildo.leite@uol.com.br
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