Afinal de quem é a culpa? - A eterna queda de braço
Um problema interessante que ocorre no dia-a-dia das organizações,
qualquer que seja o ramo, porte, localização ou situação financeira são as questões
ligadas a relacionamento entre as pessoas, mais especificamente relacionadas às
expectativas entre patrões e funcionários, líderes e colaboradores ou como queira
chamar em relação ao que se espera dentro do ambiente de trabalho de cada uma das
pessoas.
Em geral, os patrões, gerentes ou responsáveis reclamam que os
funcionários não fazem o que deveria ser feito, ou que só fazem quando se pede ou
manda, ou ainda que deveria existir maior proatividade por parte dos funcionários e assim
por diante, ou seja, reclamam de problemas relacionados a qualidade dos serviços
prestados e a forma como é prestado.
As reclamações mais comuns são incompetência, falta de iniciativa,
falta de comprometimento, visão de curto prazo, apatia, pessoas que só fazem intriga ou
são rádio-peão (aquele que é o centro de notícias, principalmente pejorativa),
resistentes à mudanças, acomodados, pouco produtivos e sem visão do negócio e a
importância que o cliente representa entre dezenas de outras insatisfações expressas
pelos contratantes.
Este clima pesado provoca discussões, má vontade de ambas as partes,
falta de cuidados com os consumidores, disputas por espaço e poder, intrigas, fofocas e
tantas outras conseqüências de relacionamentos deteriorados ou em estado de
decomposição, e o resultado final é a perda de competitividade, ou um ambiente de
trabalho carregado e hostil, ou pior, a insatisfação dos consumidores que não estão
alheios aos problemas da organização, sentem no ar o clima de desordem e desarmonia.
Mas qual a solução ou possíveis soluções para este problema?
A primeira alternativa - a qual deve ser utilizada apenas em último caso -
é a demissão, a segunda alternativa é treinar as pessoas, uma terceira forma é buscar
o diálogo e a abertura, e seguem diversas outras formas de resolver o problema. Com
certeza cada um tem sua própria lista de ações e argumentos que a acreditam serem as
mais corretas.
Mas, surgem alguns questionamentos:
As pessoas que trabalham com você sabem o que se espera delas?,
Alguém lhes disse qual a maneira que a empresa trabalha?, qual a
importância do consumidor?,
O que o mantém no cargo ou o que lhe pode custar o cargo?
Será que cada um na sua organização, no momento da contratação, teve
uma pessoa ou manual que lhe informasse de que forma se espera que as coisas aconteçam?
Antes de atirar pedras reflita a respeito de sua parcela de importância
nos problemas que hoje enfrenta, pense a respeito de qual a melhor maneira de engajar as
pessoas a sua volta, e como esta seleção mais refinada e por conseqüência a
contratação de um profissional que tem todos os parâmetros definidos pode facilitar sua
vida e a vida de sua empresa.
Mas, nem tudo está perdido. Soluções existem para aqueles que procuram
os meios de agir e reagir aos fatos por mais inusitados que sejam, sendo muitas vezes
possível prever futuras fontes de problemas, basta que se aceite o fato de as
adversidades existirem para serem vencidas e não para se sentar e reclamar da vida, do
funcionário, da sorte, do governo ou de qualquer outra coisa. Reclamar qualquer um
reclama, resolver ou buscar soluções fica reservado somente àqueles que sabem como
fazer a diferença.
junho/2003
Fábio Luciano Violin,
Mestre em Estratégias e Organizações - UFPR
Especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico - PUC-PR
Professor universitário, palestrante e consultor de empresas.
flviolin@hotmail.com
ou flviolin@terra.com.br
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