Que Profissional você é?
O mundo
passou e vem passando por inomináveis mudanças, nós seres humanos fomos responsáveis
pelas boas e más transformações que hoje vivemos. As vezes atuamos como atores e as
vezes como coadjuvantes da nossa própria história, o que hoje vivemos é fruto daquilo
que outras pessoas plantaram no passado e do que com nossa parcela de responsabilidade
também plantamos.
Os centros de poder variaram ao longo de nossa história, no princípio os
detentores de terra eram os senhores e a mão de obra escrava não tinha o direito de
questionar, de mudar, de propor. Na era industrial houve maior especialização do
trabalho e aspectos burocráticos predominavam, ainda aqui os pensadores não eram
privilegiados, ao contrário, em muitos casos foram perseguidos ou oprimidos.
Atualmente detem o poder as pessoas e empresas que possuem ou buscam
informações e as traduzem em conhecimento. Seja qual for a profissão nunca se valorizou
tanto aqueles que sabem analisar, planejar, agir e acima de tudo ter criatividade nas
respostas as mudanças do dia-a-dia.
O novo profissional, aquele de sucesso, busca auto-gerir-se, não espera
que as oportunidades apareçam, ele as cria ou sabe ver quando elas estão próximas, e
igualmente sabe entender o que são as ameaças e busca atuar de forma a amenizar seu
impacto.
Mas, a bem da verdade, não existe uma fórmula para o sucesso. Não existe uma receita a
ser seguida e que no final o resultado seja positivo. Mas felizmente existem alguns
caminhos que podem ser trabalhados e que podem vir a produzir bons frutos, dignos da
vontade, do conhecimento e perseverança, da lealdade aos próprios credos, da
criatividade, do senso critico e do espírito de equipe e ajuda mútua inerente aos
profissionais de sucesso.
As competências e habilidades técnicas são o mínimo exigido e não
chegam a diferenciar os profissionais de forma mais acintosa. Conhecer sua área através
da ajuda de colegas, professores, livros, revistas e experiências é o mínimo que cada
um pode fazer por si.
A diferença entre profissionais comuns e aqueles que realmente fazem a
diferença é sua capacidade de ver o que a maioria não enxerga, é sua capacidade de
auto-construir-se e não simplesmente reclamar e esperar que outros lhe ajudem. Assim,
constroem seu caminho passo-a-passo, contornando as dificuldades, mudando sua forma de
agir e de pensar, mas sem nunca perder de vista seus objetivos, seus sonhos e sua
capacidade de lutar pelo que quer e acredita.
No entanto, buscar ser a diferença passa por alguns requisitos, como por
exemplo:
O
profissional que faz a diferença nunca desiste, quando a batalha é maior do que ele,
esta pessoa redireciona e concentra suas forças em um meio de reverter a situação. Mas,
acima de tudo não espera que o motivem, que passem a mão sobre sua cabeça, antes de
qualquer coisa acreditam em sua força interior em sua capacidade de fazer e ser a
diferença. Sua personalidade é algo impar, são pessoas que tem opinião própria, que
não desistem facilmente, que não nasceram para ser comandados, assumem riscos e também
assumem seus erros sem sentir-se menores ou desmotivados.
Este profissional agrega valor e aprende continuamente, busca ser líder
sem ser egoísta ou egocêntrico, se faz respeitar sem precisar dominar, partilha seu
conhecimento e suas experiências, tem prazer naquilo que faz.
Ousadia é sua marca, age rapidamente com conhecimento de causa e se não a
tem busca ter. Não tem medo do conhecido ou de outros profissionais igualmente
qualificados, não se esconde atrás de jogos de cena ou formas de depreciar outros
profissionais ou empresas, é ético acima de tudo.
O profissional do futuro tem ambição, ética, presença de espírito e de
luta, busca vencer por suas próprias mãos e não por outros meios tão comuns aos
medíocres, é humano se ser piegas ou demagogo, não precisa ser rude ou
autoritário para obter respeito ou admiração, não precisa dizer a ninguém o quanto
ele é bom, se realmente for, o reconhecimento vem por si só.
Este começo de século será cada vez mais dominado por este profissional
que valoriza o conhecimento técnico, a família, sua empresa, seus colegas e seus
anseios. Não precisa ser perfeito, mas precisa buscar constantemente a perfeição.
O limite não existe e não deve existir no ser humano, cabe a cada um
construir seu próprio destino e perseguir seus ideais. Somos o fruto daquilo que
plantamos, colhemos aquilo que nós é dado como recompensa por nosso esforço.
Nunca esqueça do ditado chinês que diz que o plantio é opcional,
mas a colheita é obrigatória
setembro/2003
Fábio Luciano Violin,
Mestre em Estratégias e Organizações - UFPR
Especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico - PUC-PR
Professor universitário, palestrante e consultor de empresas.
flviolin@hotmail.com
ou flviolin@terra.com.br
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