Novos Papéis da Logística
Novas tecnologias, novas necessidades impostas pelo mercado criaram
novos papéis para a logística, inclusive de estratégia.
Por exemplo, hoje já se sabe que as estratégias logísticas influenciam no projeto do
produto, nas parcerias, nas alianças e na seleção de fornecedores e outros processos
vitais de negócios. Com isso, o conceito de logística se amplia mais e mais e passa a
ser, como tudo agora, global.
Logo, é senso comum considerar a logística como o centro de coordenação e de
integração de todas as atividades da cadeia de suprimentos. Logo, vê-se a logistíca
como capaz de criar valor ao cliente. Logo, estas novas funções da logística levarão
à necessiade de criar uma infra-estrutura para integrar tanto as funções logísticas
quanto de manufatura, de modo a criar um único sistema estratégico voltado para atender
às necessidades dos clientes.
Mas, não importa o quanto se faça de investimentos para atender a esta nova realidade,
um componente vital de, digamos todo esse processo, é a parceria. Afinal. como gerenciar
os fluxos de materiais entre os diversos componentes da cadeia logística se não houver
uma perfeita integração, uma mútua confiança, uma reciprocidade entre as empresas que
compõem este fluxos de materiais até a entrega do produto ao cliente?
Como manter uma linha de produção em constante atividade se, por algum motivo, um dos
fornecedores não "cumprir" a sua parte? Enfrentando as ameaças dos clientes em
trocar de fornecedor, a direção das empresas deve incorporar a logística.
Ou seja, ao longo da cadeia logística, as relações entre as empresas - inclusive com o
emprego de recursos de comunicação e tecnologias de informação - devem ser garantidas
de tal forma que os resultados, e, portanto, os serviços prestados pela logística
obedeçam exatamente às necessidades de serviços expressas pelos clientes.
Afinal, por mais que evolua em sua concepção, a logística requer o que, aliás se faz
necessário hoje em todas as atividades entre empresas: parceria, confiança mútua e
participação. Tudo para que se consiga garantir a sobrevivência.
Afinal, os clientes e os competidores estão direcionando essas mudanças. Os clientes
estão exigindo tamanhos menores de lotes, lead times mais curtos e melhor nível de
serviço. Eles esperam por isto. Se a sua empresa, juntamente com os seus parceiros, não
puder fazer isto, certamente seus concorrentes o farão.
Wanderley Gonelli Gonçalves,
Editor da Revista Movimentação & Armazenagem.
Tel. (0--11) 5575 1400 imam@imam.com.br
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