Logística Internacional
As redes logísticas estão se tornando cada vez mais internacionais.
À medida que a competição se intensifica, as empresas estão descobrindo que precisam
compartilhar economias e competências em áreas como pesquisa e desenvolvimento,
qualidade assegurada e logística.
À medida que as redes logísticas se tornam mais abrangentes, restrições geográficas,
legislações, dificuldades financeiras e culturais surgem, particularmente com os
processos Just-in-Time. Ao mesmo tempo que o mercado único está ajudando a harmonizar,
as barreiras geográficas vêm sendo superadas pela concentração de fornecedores-chave
próximos das fábricas.
A tendência atual para as operações internacionais é caracterizada pelo surgimento de
novos tipos de relações profissionais. A indústria automobilística vem se empenhando
em estabelecer estes tipos de relações, freqüentemente mencionadas como
"parcerias" ou "alianças". O termo "aliança" envolve um
relacionamento formal a longo prazo entre duas ou mais empresas, que unem alguns aspectos
dos negócios para um fim comum, e inclui o compartilhamento de informações.
A profissionalização também conduziu a um foco mais sólido na competência essencial,
resultando na desintegração vertical e em ter fornecedores mundiais. Por sua vez, isto
conduz a menos fornecedores primários e mais terceirização e supridores internacionais.
Esta tendência melhora a importância dos "sistemas logísticos externos" que
ligam o fabricante aos seus parceiros da rede industrial, como fornecedores,
transportadores e operadores.
O Just-in-Time foi uma das maiores inovações logísticas do mundo automotivo, que
utiliza-o para gerenciar fluxos de produtos. Visa a reduzir leadtimes e estoques, aumentar
a qualidade do produtos e serviço e fornecer a flexibilidade necessária para acompanhar
o ritmo das demandas flutuantes.
Sabe-se que as montadoras automobilísticas estão dando aos fornecedores duas vezes mais
responsabilidade e os selecionarão, não em função do preço, mas em sua habilidade de
integrar com outros fabricantes de componentes.
Um dos principais obstáculos a isto é a comunicação insatisfatória entre fabricantes
de autopeças e as montadoras, bem como as dificuldades de terceirizar módulos completos.
Nenhuma atividade da logística está livre, portanto, da influência da cultura, embora
os elementos humanos na administração sejam mais dependentes da cultura do que a
tecnologia.
Além do lado tecnológico da logística, o foco está no homem, que está, em grande
parte, tomando parte do planejamento, pilotando e executando os sistemas.
A indústria automobilística fez esforços substanciais para estabelecer sistemas JIT
entre fabricantes e fornecedores, exigindo maior colaboração. O ambiente econômico
mundial integra diferentes culturas e, assim sendo, é confrontado por múltiplas
influências culturais, não necessariamente convergentes.
Reinaldo A. Moura
Diretor da IMAM Consultoria Ltda., de São Paulo.
Tel. (0--11) 5575 1400 imam@imam.com.br
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