A maior descoberta da minha geração é que
qualquer ser humano pode mudar de vida,
Um
novo emprego, um novo empreendimento, um novo relacionamento. Independentemente de qual
seja seu novo projeto, apenas mediante atitudes renovadas será possível cultivar
resultados diferenciados. Afinal, se você trilhar o mesmo caminho, chegará apenas e tão
somente aos mesmos lugares.
Se
você está em fase de transição e normalmente estamos, mas não nos apercebemos
disso aceite o convite para refletir sobre suas atitudes. E corra o risco de não
apenas ter idéias criativas e inovadoras, mas também de livrar-se das antigas.
Atitudes
são constatações, favoráveis ou desfavoráveis, em relação a objetos, pessoas ou
eventos. Uma atitude é formada por três componentes: cognição, afeto e comportamento.
O
plano cognitivo está relacionado ao conhecimento consciente de determinado fato. O
componente afetivo corresponde ao segmento emocional ou sentimental de uma atitude.
Finalmente, a vertente comportamental está relacionada à intenção de comportar-se de
determinada maneira com relação a alguém, alguma coisa ou evento.
Para
melhor compreensão, tomemos o exemplo a seguir. O ato de fumar faz parte dos hábitos de
muitas pessoas. Uns, têm o hábito de fumar; outros, de criticar. E a pergunta que sempre
se faz aos fumantes é o motivo pelo qual não declinam desta prática mesmo estando
cientes de todos os males à saúde cientificamente comprovados.
Analisando
este fato à luz dos três componentes de uma atitude podemos atinar o que acontece. O
fumante, via de regra, tem plena consciência de que seu hábito é prejudicial à sua
saúde. Ou seja, o componente cognitivo está presente em sua atitude. Porém, como ele
não sente que esta prática esteja minando seu organismo, continua a fumar. Até que um
dia, uma pessoa próxima morre vitimada por um enfisema. Ou, ainda, ele próprio, fumante,
é internado com indícios de problemas cardíacos decorrentes do fumo. Neste momento,
está aberta a porta para acessar o aspecto emocional: ele sente o mal a que está se
sujeitando e decide agir, mudando seu comportamento, deixando de fumar.
As
pessoas acham que atitude é ação. Todavia, atitude é racionalizar, sentir e externar.
A atitude não é um processo exógeno. É algo interno, que deve ocorrer de dentro para
fora. E entre a conscientização e a ação, necessariamente deverá estar presente o
sentimento como elo de ligação. Ou você sente, ou não muda...
Atitudes,
como valores, são adquiridos a partir de algumas predisposições genéticas e muita
carga fenotípica, oriunda do meio em que vivemos. Moldamos nossas atitudes a partir
daqueles com quem convivemos, admiramos, respeitamos e até tememos. Assim, reproduzimos
muitas das atitudes de nossos pais, amigos, pessoas de nosso círculo de relacionamento. E
as atitudes são bastante voláteis, motivo pelo qual a mídia costuma influenciar, ainda
que subliminarmente, as pessoas no que tange a hábitos de consumo. Das calças boca de
sino dos anos 70 aos óculos de Matrix nos dias atuais, modas são criadas a todo
instante.
As
atitudes devem estar alinhadas com a coerência, ou acabam gerando novos comportamentos.
Tendemos a buscar uma coerência racional em tudo o que fazemos. É por isso que muitas
vezes mudamos o que dizemos ou buscamos argumentar até o limite para justificar uma
determinada postura adotada. É um processo intrínseco. Se não houver coerência, não
haverá paz em nossa consciência e buscaremos um estado de equilíbrio que poderá passar
pelo auto-engano ou pela dissonância cognitiva.
Pessoas
dotadas de uma atitude empreendedora, estejam à frente de seus negócios como
proprietários, acionistas ou colaboradores, têm por princípio uma grande capacidade de
iniciativa. Seja um problema ou uma oportunidade, tomam conhecimento dos fatos, sentem a
necessidade de uma ação e assumem um comportamento pró-ativo para solucionar o litígio
ou aproveitar a condição favorável.
Estas
pessoas conseguem combater o grande vilão da hesitação, este inimigo sorrateiro que nos
faz adiar projetos, cancelar investimentos, protelar decisões. Ao combatermos a
hesitação, corremos mais riscos, podemos experimentar mais insucessos, mas jamais
ficaremos fadados à síndrome do quase, do benefício indelével da dúvida
do que poderia ter sido se a atitude tomada fosse outra.
Porém,
não basta apenas vencer a hesitação e tomar a iniciativa. O verdadeiro empreendedor
sabe que sem acabativa um neologismo cada vez mais aceito para identificar a
capacidade de levar a termo uma idéia ou projeto, próprio ou de outrem não há
sucesso. Sem acabativa, não passamos de filósofos, teorizando, conjecturando.
Por
isso, cultive a coragem. Coragem para refletir e se conscientizar. Coragem para ter o
coração e a mente abertos para internalizar o autoconhecimento adquirido. Coragem para
agir e mudar se preciso for.
outubro/2.003
Tom Coelho,
Graduado em Economia pela FEA/USP, Publicidade pela ESPM/SP
e especialização em Marketing pela MMS/SP, é empresário, consultor, escritor e
palestrante, Diretor da Infinity Consulting, Diretor do Simb/Abrinq e Membro Executivo do
NJE-Fiesp.
tomcoelho@tomcoelho.com.br
ICQ # 170 841 177
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