Todos nós sabemos que hoje, para qualquer
organização, o lucro está na satisfação do consumidor. Os que ainda pensam e/ou
acreditam que o ferramental e as técnicas de marketing podem ser utilizados para empurrar
produtos e serviços ao mercado estão com seus dias contados.
A boa pratica do marketing recomenda que seu planejamento deve contemplar e
promover a melhoria contínua dos processos, atentando para a função social de
atendimento aos desejos, de bem-estar e de necessidade das pessoas, traduzindo-se entre
outros, num organismo de promoção da satisfação e da qualidade de vida, fazendo com
que a oferta seja bem estruturada para ser oferecida em nível de indivíduo e de
sociedade.
É necessário que se entenda que o marketing justaposto nas organizações
não apenas será um estimulador ou direcionador de demanda. Estimular e direcionar a
demanda pode até ser fácil e muitos até poderão conseguir. Mas, por quanto tempo?
Empresários, executivos e gestores conscientes, sabem que para suas
organizações já não é tão fácil atender necessidades com o padrão de eficiência
exigido pelo mercado, que a concorrência está se tornando cada vez mais aferrada, que a
tecnologia impacta substancialmente no encarecimento de muitos serviços (a área de
saúde é um exemplo), que é preciso informar ao consumidor onde se está, quais são e
como são seus produtos e/ou serviços, com que níveis de qualidade, etc.
Estes profissionais entendem que se não agirem de forma criativa, preventiva, corretiva,
adaptativa e competitiva, a conseqüência virá através de sérias dificuldades
financeiras que poderão levar as organizações que dirigem à extinção.
É sabido também que no planejamento, para servir-se de estratégias e de ações
pertinentes de marketing, as organizações que buscam respostas comportamentais de curto,
médio e longo prazo de um determinado mercado, devem analisar e considerar a
interpretação das pessoas, pois é a partir daí que todo o processo de concepção de
imagem a respeito de seus serviços é constituído e definido, ter informações
profundas e verdadeiras de si própria, do seu macro e do restante do seu micro-ambiente.
Para qualquer organização, o processo de planejamento de marketing deve desempenhar o
apropriado papel de integrador, tanto internamente ao compendiar os recursos tecnológicos
e as necessidades do mercado, quanto externamente trazendo o consumidor para dentro da
organização como participante do processo de alargamento e ajustamento de serviços.
Isso é básico em marketing: a participação do consumidor no partilhar de
conhecimentos.
Infelizmente, por não atentarem, por não saberem ou por não entenderem
como as pessoas percebem as idéias, os produtos e os serviços, é que milhões de reais
são gastos todos os dias por várias organizações (e de todos os portes e segmentos)
com custos e despesas desnecessárias, com incursões despropositadas, com ações
promocionais sem fundamento e/ou mal implementadas, em publicidade e propaganda mal feitas
(tanto na forma quanto na utilização), em treinamentos, congressos, palestras, etc., que
deveriam ter cunho técnico, mas que terminam enveredando para o oba oba sem
que se acrescente absolutamente nada, com pseudo-profissionais que convencem pela
eloqüência das suas palavras e/ou frases decoradas e de efeito etc, etc, etc.
Parafraseando o que disse um autor desconhecido, muitas dessas
organizações nem sabem o que estão fazendo, outras nem sabem o que fazem ou por que
fazem, e ainda outras que fazem porque outras fazem.
julho/2.006
Nildo Leite
É Mestre em Marketing e Gestão Empresarial pela
Universidade Internacional - Lisboa Portugal, pós-graduado em Marketing pela
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP), em Administração com ênfase em
Recursos Humanos pela Universidade Estácio de Sá (UES-RJ) e em Estudos de Política e
Estratégias Nacionais pela Escola Superior de Guerra (ESG/ADESG-BA). É Consultor de
Empresas, Coordenador e Professor de cursos de pós-graduação e graduação em
instituições de ensino em Salvador-Bahia.
nildo.leite@oi.com.br
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