R.F.I.D. - A tecnologia de um novo tempo
Disponível
no mercado, a tecnologia do R.F.I.D.- Rádio Frequência Identificado.
É uma poderosa e versátil tecnologia para identificar, rastrear e gerenciar uma enorme gama
de produtos.
Atualmente empresas desenvolvedoras de softwares fazem a customização final de acordo
com a realidade de cada cliente, outras além de deterem o software possuem
equipamentos como o portal de leitura, espécie de trave por onde passa todos volumes para
serem lidos, os TAGs (etiquetas) de uma única vez.
O melhor aspecto desta tecnologia é a possibilidade de garantir, em toda a
cadeia logística, a acuracidade dos dados referentes ao desenvolvimento de um
determinado produto e suas implicações para colocá-lo no mercado ao menor custo
possível. Em um ambiente onde a competitividade, concorrência, qualidade e aceitação
pelo cliente final são cada vez mais solicitadas, os custos de desenvolvimento,
aquisição de matéria prima, produção, armazenagem, transporte e distribuição têm
impacto direto no resultado positivo de lucro e sucesso do produto no mercado.
O R.F.I.D. é a tecnologia discutida há mais de 10 anos quando ouvíamos
falar do V.M.I. - Vendor Managed Inventory (Estoque Gerenciado pelo Fornecedor), onde o
gerenciamento do inventário de venda seria executado pelo fornecedor no momento desta
venda, ou seja, quando o produto passa pelo check-out, imediatamente em tempo real, o
fornecedor recebe a informação da venda e com isso gerencia o momento do reabastecimento,
garantindo que não haja falta do produto para venda.
Em diversos momentos criamos inúmeros logaritmos matemáticos para
orientar a melhor quantidade para a área de suprimentos e gestão dos estoques, pois bem,
o R.F.I.D. possibilita que uma vez efetuada a leitura das etiquetas, as informações
sejam disponibilizadas para toda a cadeia logística em diversos níveis que interagem no
processo do produto. O fato do uso das etiquetas permite a rastreabilidade de todo o
processo e se necessário, como já é exigido para a indústria farmacêutica, a
rastreabilidade do produto.
Os custos de comprar a matéria prima conjugado com o melhor cálculo de
manter estoque pode onerar o fluxo de caixa por um erro de dimensionamento, maturidade do
produto ou ainda pela perspectiva de venda versus a demanda, logo o custo de inventário
chega a ser surpreendente com valores absurdamente elevados em numerário parado ou
chegando a casa da obsolescência. Com o R.F.I.D. o controle de materiais e o inventário
pode ser efetuado em minutos ou pouquíssimas horas, dependendo do tamanho do centro de
distribuição ou da operação que estiver sendo realizada no momento, sem interrupção
da contagem.
Hoje verificamos que ainda existe um número muito grande de empresas que
não tem o código curto interno (código de barras) atrelado ao código do fornecedor. Por
outro lado, existem empresas que se preparam para essa implantação, mas já o fazem com
uma tecnologia ultrapassada, uma vez que existe no mercado uma tecnologia mais avançada.
Algumas empresas no mercado detêm a tecnologia de ponta a ponta na
implantação do R.F.I.D., inclusive com a interação do W.M.S.- Warehouse Management
System. Na faixa de R$ 0,60 centavos, propicia, caso o fornecedor não tenha disponível a
tecnologia, resolver internamente o custo interno, já que promove a rastreabilidade.
Ainda existe no mercado etiquetas que tem a finalidade de reaproveitamento, essas com um
custo aproximado de R$ 5,00 por unidade, mas que pode voltar ao início do processo e ser
regravado todos os dados necessários da cadeia.
Todo esse processo de implantação será prejudicado se as empresas não
tiverem um P.D.M. (Padrão Descritivo de Material) devidamente correto, alinhado com
as necessidades do R.F.I.D..
Observo que as empresas que saírem na frente terão, em termos de competitividade, como
afirmo acima, e na aquisição de suprimentos, um diferencial importante. O modo de
gerenciar a cadeia de suprimentos pode levantar ou derrubar uma empresa, resultando em uma
economia significativa para a organização com conseqüente aumento dos lucros, sendo as
grandes vencedoras da corrida pelo cliente.
A tecnologia está ai, e pelo menos deve ser vista como um plano piloto para adequação e
verificação da aplicabilidade real em cada segmento. No varejo muito se fala do
supermercado do futuro que não terá caixas para efetuar a cobrança.
Não é só isso o importante, imaginem o varejo com o R.F.I.D. funcionando devidamente na
necessidade da companhia e essa poder extrair informações de consumo mensal dos seus
clientes, informá-los de uma nova promoção com base neste consumo, dizer que na semana
1 ele costuma comprar tantos itens e que nesta mesma semana ele esqueceu de um destes
itens. O varejista pergunta ao cliente: o senhor quer que mandemos entregar o produto
faltante em sua compra semanal? ou até, de forma simpática, comunicar o cliente que
entre os itens adquiridos na última compra ou mês, ele não levou os produtos X,Y, e Z,
ai fica a pergunta do por quê?, foi preço, qualidade, mal atendimento, está consumindo
estes produtos de outra rede, não consome mais por problemas de saúde, etc.
A infinidade de informações dirigidas ao comercial impressiona e todos,
rigorosamente todos, irão lucrar com isso, do fornecedor ao varejista e é lógico que o
consumidor, o mais importante de todo o esforço de acuracidade de informações, se
sentirá lisonjeado com tamanha atenção.
março/2010
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