A importância da TI no transporte
rodoviário de cargas
A
Tecnologia da Informação (TI) vem sendo utilizada no transporte rodoviário de cargas
como grande ferramenta, principalmente a partir da consolidação dos softwares e
conceitos do TMS (Transportation Management System), que é composto por três módulos
principais: planejamento, acompanhamento e controle. Para atingir sua plenitude é
necessário ter uma interface com o software corporativo da empresa (ERP) e disponibilizar
as informações (internas e externas) através da Internet.
Planejamento: é caracterizado pelo módulo roteirizador, que utiliza mapas digitalizados,
que permitem a identificação de restrições e alternativas de trajetos. Tem por
objetivo a otimização de recursos como a ocupação (da capacidade) e aproveitamento (do
tempo) dos veículos, redução da distância total percorrida e melhor precisão nos
prazos de entrega. O resultado é a redução de custos e um melhor nível de
serviço a clientes, além de servir como referência para verificação de desvio pelo
rastreador (gerenciamento de riscos).
Acompanhamento: é conhecido como unidade de rastreamento, que utiliza sinais de rádio
via satélite (GPS) ou antenas fixas de telefonia celular para possibilitar a
localização e comunicação do veículo de transporte. Tal monitoramento atende a dois
aspectos:
Operações
logísticas: controle de tráfego e dos ciclos operacionais, dos tempos de carga e
descarga, tempos de parada do motorista, solução on-line de problemas de manutenção,
controle da temperatura do baú e integração com roteirizadores para indicar desvios;
Segurança:
possibilita o acompanhamento quando escalado para viagem, carregando, liberado para
viagem, em viagem, ou no pátio. Para evitar roubo e possibilitar a localização e
recuperação da carga ou veículo existem diversos sensores com tal finalidade (portas da
cabine e baú, ignição, bloqueador de combustível, engate, etc.). Fundamental para o
gerenciamento de riscos.
Controle: é
o módulo de Gerência de Transportes, que permite ao usuário visualizar e controlar
todas as operações e custos de forma integrada. Tem duas finalidades distintas:
Gestão
de frotas: direcionado para controles de cadastro, documentação, manutenção, consumo
de combustíveis, lubrificantes, pneus e câmaras dos veículos; controle de
funcionários, agregados e autônomos; estoques de peças, componentes e material de
consumo; tacógrafo, etc.
Gestão
de fretes: permite o cadastro de transportadoras e tabelas; facilita o cálculo dos fretes
e oferece os valores provisionados para conferência, emite relatórios de desempenho das
transportadoras, viabiliza simulações e disponibiliza informações para divulgação
via Internet.
Apesar das
dificuldades de implementação, treinamento e mudança cultural, certamente o
investimento em tecnologia da informação apresenta uma relação custo benefício muito
favorável, além dos ganhos com aspectos intangíveis, como o nível de serviço.
2010
Antonio Carlos da
Silva Rezende
é gerente da IMAM Consultoria. É autor de diversos livros e instrutor de cursos
relacionados à área de logística.
www.imam.com.br
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