Sua empresa está adequada para trabalhar com o Bloco K?

Muitas empresas ainda estão tentando entender mais sobre o Bloco K e o que mudará no dia a dia das suas atividades.
Com o intuito de esclarecer, neste artigo explico detalhando mais sobre este assunto.
Criado pelo Governo, o Bloco K trata do Controle da Produção e do Estoque com o uso do EFD - Escrituração Fiscal Digital em substituição ao livro de Controle de Produção e Estoque (Modelo 3).
As entradas externas como compra de matéria prima e produtos intermediários usados na fabricação dos produtos finais, dão origem aos créditos de ICMS e IPI. As vendas, revendas, remessas de produtos transformados dão origem aos débitos dos tributos acima, que serão fundamentadas pela composição dos registros do Bloco K.
Com isto o Governo quer fazer uma rastreabilidade dentro da empresa sobre tudo que compõe seus produtos finais.
Inicialmente iria começar a vigorar a partir de janeiro/2016 para todas as indústrias e empresas equiparadas a indústria com faturamento anual igual ou superior a R$ 78 milhões. As empresas teriam que enviar mensalmente à Receita Federal,   informações sobre movimentações de estoque, produção e estrutura de produtos.
Em outubro/2015 o Governo chegou a conclusão de que as empresas ainda não estavam preparadas e adequadas para trabalhar neste novo sistema e resolveu adiar em 12 meses, passando a vigorar a partir de janeiro/2017 e para demais indústrias, atacadistas classificados nos grupos 462 a 469 da CNAE e os estabelecimentos equiparados a industrial, independente do faturamento, a partir de janeiro/2018.
Apesar disto, os meses vão se passando e o que noto é que as empresas ainda não estão preparadas para atuar de acordo com o Bloco K e isto as fazem correrem o risco de sofrerem autuações quando começar a vigorar.
Nas empresas os profissionais responsáveis para estas mudanças (setor Fiscal e de Materiais) acham que podem se adequar com somente poucos meses antes do início, mas em empresas onde a qualidade das descrições do cadastro de materiais é “questionável” podem levar meses para se fazer um sistema de padronização de descrição e consequentemente um saneamento no cadastro e acerto de NCM’s (Nomenclatura Comum do Mercosul), deixando-o confiável para fazer sua gestão e todas as identificações na estrutura de produtos.
E o que podemos considerar como sendo “questionável”?
Abaixo relaciono as perguntas que detectam os principais sintomas para se fazer o diagnóstico:

Se alguma resposta for sim, é sinal que há problemas no cadastro de materiais da sua empresa.
Recomendo uma avaliação e diagnóstico por parte de um profissional de Administração de Materiais com experiência em PDM - Padrão de Descrição de Materiais.
Hoje em dia é possível melhorar totalmente um cadastro de materiais com estruturação do mesmo, através do PDM. Com isto fica mais fácil fazer o saneamento, a gestão dos mesmos e as multi classificações logísticas, inclusive NCM, a fim de não correrem riscos de sofrerem autuações no futuro.
Não há tempo a perder, pois para empresas com faturamento anual igual ou superior a R$ 78 milhões, para janeiro/2017 falta menos de 1 ano e para demais empresas janeiro/2018 não está tão longe assim para se adequarem.    


fevereiro/2016

Marcos Valle Verlangieri,
Consultor, Instrutor do curso PDM e Diretor do Guia Log
guialog@guidelogistica.com.br    

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