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Shopee inaugura novo CD automatizado em São Bernardo do Campo para
aumentar capacidade logística no Brasil (Vitrine 06/10) A Shopee
inaugurou o seu 14° centro de distribuição no país, localizado em São
Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, anunciou a
companhia nesta segunda-feira. A empresa, do grupo de Cingapura Sea, disse
que o centro de distribuição será no modelo “cross-docking”, em que as
mercadorias chegam ao local e são transferidas para o destino final, sem
serem armazenadas. Doze dos 14 centros de distribuição da Shopee no Brasil
são no modelo cross-docking, enquanto outros dois são “fulfillment”, em que
há a estocagem dos produtos. A Shopee disse que o novo centro de
distribuição terá o maior sistema automatizado de classificação de produtos
dentre suas operações no país, com capacidade para processar cerca de 3,8
milhões de pedidos por dia. O diretor de expansão da Shopee no país, Rafael
Flores, disse em comunicado à imprensa que a decisão de lançar o centro de
distribuição neste período do ano, que antecede Black Friday e Natal, foi
estratégica, diante do típico aumento de pedidos nesse período.
Brasil testa nova logística para exportação de goiaba
de Carlópolis (ABRAFRUTAS 06/10) Vinte empresas brasileiras
integram a missão a Madri, onde a goiaba de Carlópolis, no Paraná, estará
entre as representantes do país na Fruit Attraction, de 30 de setembro a 2
de outubro. A participação foi confirmada em edital da Confederação Nacional
da Agricultura e Pecuária (CNA), que selecionou 20 empresas. A Cooperativa
Agroindustrial de Carlópolis (COAC), detentora da Indicação Geográfica (IG)
para goiaba, é uma das selecionadas. Esta será a terceira vez que a
goiaba Carlópolis esteve presente na Fruit Attraction, após participações
anteriores em 2017 e 2019. Segundo Odemir Capello, consultor do Sebrae/PR, o
foco da cooperativa é a exportação direta. “Agora, retornamos para a
edição de 2025 com um objetivo muito claro: exportar diretamente para os
compradores e garantir que a fruta chegue ao seu destino no estado ideal
para o consumidor final”, disse. Representantes da COAC estão avaliando
novas abordagens logísticas, incluindo a possibilidade de fornecer frutas em
diferentes estágios de maturação. “Atualmente, enviamos as frutas para o
mercado externo praticamente verdes, pois essa é a preferência dos
intermediários que buscam um prazo de validade mais longo. Se pudermos
vender diretamente no futuro, queremos entregar frutas mais maduras, que
acreditamos que serão ainda mais saborosas para o consumidor”, disse a
presidente da cooperativa, Inês Yumiko Sasaki. Entre 2020 e 2024, a COAC
exportou mais de 340 toneladas de goiaba para o exterior, tendo a Europa
como principal destino. Envios semanais são feitos para França, Inglaterra e
Portugal, com volumes menores enviados para Holanda e Canadá. Atualmente,
o transporte é feito por via aérea. Capello observou que o transporte
marítimo, cerca de oito vezes mais barato, está em discussão. “O modal de
transporte influencia diretamente no tempo de transporte e também no tipo de
atmosfera controlada utilizada para garantir a qualidade do produto. Quando
participamos de uma feira como esta, além de ampliar nossos mercados
consumidores, temos a oportunidade de negociar a logística e garantir a
qualidade da fruta no destino”, disse. Estudos técnicos sobre o
armazenamento em atmosfera controlada para goiaba estão em andamento. “Temos
alguns exemplos de como os produtores brasileiros de maçã, pêssego e caqui
os utilizam. Vamos à Espanha para promover nosso produto e também participar
de rodadas de negócios para, quem sabe, encontrar o parceiro ideal para
tornar nosso sonho logístico realidade”, disse Eduardo Aparecido da Silva,
representante da cooperativa. A goiaba Carlópolis possui certificação
GlobalGAP e registro como Indicação Geográfica (IG). Essas certificações
garantem a segurança alimentar, a proteção ambiental e a rastreabilidade do
produto, facilitando o acesso a mercados internacionais.
Governo Federal
intensifica debate sobre logística verde durante evento em Brasília nesta
quarta (Vitrine 10/09)
O ministro dos Transportes em exercício, George
Santoro, participa nesta quarta-feira (10), em Brasília, do seminário
“Logística verde para impulsionar um país mais competitivo e
descarbonizado”. O encontro reunirá autoridades do governo, representantes
do setor privado e instituições financeiras para debater estratégias que
alinhem desenvolvimento econômico e sustentabilidade no setor de transportes
e logística.
Santoro participará do primeiro painel, que tratará do papel estratégico das
ferrovias na matriz de transporte, tema essencial para a transição
energética e eficiência logística do país. O evento também abordará os
caminhos para uma infraestrutura que apoie a reindustrialização, a redução
das emissões de gases de efeito estufa e a ampliação da competitividade
brasileira no mercado global.
Também participam do evento o ministro de Minas e
Energia, Alexandre Silveira; o chefe do Departamento de Transporte e
Logística do BNDES, Tiago Toledo; o diretor de Desenvolvimento Produtivo,
Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon; o presidente da
ABDIB, Venilton Tadini, entre outras autoridades.
Tarifas dos EUA já reduzem demanda por
fretes do transporte de cargas (Carta de Logística 05/09)
O setor de transporte rodoviário de cargas e
logística já sente os efeitos do aumento das tarifas de importação dos
Estados Unidos sobre produtos brasileiros, em vigor desde 6 de agosto de
2025. Segundo levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e
Logística (NTC&Logística), 82% das empresas consultadas relataram queda na
demanda por fretes ligados às exportações.
A pesquisa, realizada pelo Departamento de Custos
Operacionais e Pesquisas Econômicas (DECOPE), também mostrou que 65% das
transportadoras tiveram embarques cancelados ou antecipados por clientes
diante da insegurança gerada pelas tarifas. Sobre os valores cobrados, 41%
não registraram mudanças, 29% apontaram aumento e outros 29% relataram
redução nos preços.
De acordo com o presidente da NTC&Logística,
Eduardo Rebuzzi, os números indicam a necessidade de atenção para o cenário.
Ele destacou que a entidade continuará monitorando a situação e oferecendo
apoio técnico às empresas.
O assessor técnico da associação, Lauro Valdivia,
responsável pelo estudo, afirmou que os efeitos começaram a ser sentidos
antes mesmo da entrada oficial da medida. Segundo ele, empresas precisaram
ajustar operações, redirecionar rotas e renegociar contratos.
O levantamento também aponta perspectivas
negativas caso as tarifas permaneçam. Entre as preocupações citadas estão
insegurança econômica, risco de recessão, necessidade de cortes
operacionais, desemprego e busca por mercados fora dos Estados Unidos.
A entidade informou que seguirá acompanhando a
evolução do cenário com novos levantamentos do DECOPE e manterá um canal
técnico para apoiar as empresas na adaptação às mudanças.
A Feira Intra-Log
Expo South America está chegando (Vitrine 28/08)
A INTRA-LOG EXPO SOUTH AMERICA é o único e mais
completo evento da América Latina dedicado exclusivamente à intralogística e
automação, conectando os principais players do mercado e apresentando as
soluções mais inovadoras para toda a cadeia de suprimentos. Pensado para
profissionais que buscam transformar suas operações com tecnologias de
ponta, o evento reúne os melhores fornecedores de sistemas de gestão de
armazéns, automação, movimentação interna de materiais e inventory
management software. Com um ambiente propício para negócios, networking e
troca de conhecimento, a INTRA-LOG é o palco onde o futuro da logística
interna acontece, impulsionando eficiência e competitividade nas empresas.
Acontece nos dias 23, 24 e 25 de setembro em São
Paulo, no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte
O credenciamento poderá ser feito presencialmente
no dia ou previamente pelo endereço https://intralogexpo.com.br
.
Governo Federal discute estratégias para
aprimorar infraestrutura logística na região Sul (Vitrine 26/08)
Com uma economia sustentada pela agroindústria,
pela indústria da transformação e pelas exportações, o Sul do Brasil é
responsável por parte expressiva da produção que chega aos mercados nacional
e internacional. Somente no Paraná, a safra de 2025 deve atingir 45,3
milhões de toneladas de grãos — 13,6% da produção brasileira — consolidando
o estado como o segundo maior produtor do país, segundo o IBGE.
Esse crescimento reforça a necessidade de reduzir
gargalos logísticos e diversificar a matriz de transportes, fortalecendo a
multimodalidade, fundamental para impulsionar o desenvolvimento
socioeconômico e a sustentabilidade.
Especialistas, representantes do setor produtivo
e autoridades se reuniram nesta terça-feira (26), em Curitiba, para pensar
essa questão estratégica para o país, com foco no Paraná. O evento, que faz
parte da série de debates “Logística no Brasil”, irá contribuir para o
aprimoramento do Plano Nacional de Logística (PNL) 2050, atualmente em
elaboração. "O
plano não é só um instrumento técnico, mas um processo. O planejamento
precisa criar um cenário de futuro claro, ambicioso e factível, com decisões
estruturantes que ofereçam previsibilidade ao setor público e privado. Não
entregamos um plano pronto, construímos junto com quem toma decisão e com
quem será impactado por ela”, afirmou o coordenador-geral de Política de
Planejamento do Ministério dos Transportes, Rodrigo Santos Ferreira.
Dos corredores logísticos estratégicos do Paraná,
destacam-se a BR-277 e a BR-116, além do corredor ferroviário Paraná–Santa
Catarina, que conectam áreas produtoras ao Porto de Paranaguá. Entre
exportações e importações, 34,2 milhões de toneladas de carga passaram pelo
porto no primeiro semestre de 2025.
“Este ano, o Porto de Paranaguá deve atingir a
marca de 70 milhões de toneladas movimentadas — um crescimento de quase 50%
em relação a 2018. É por meio da expansão da infraestrutura que conseguimos
viabilizar não só os resultados atuais, mas também preparar o porto para os
próximos anos”, disse o diretor de Operações Portuárias da Portos do Paraná,
Gabriel Vieira.
Responsável por cerca de 35% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a
região Sul é destaque na exportação de soja, farelo e óleo de soja, milho e
carnes. Um desempenho que exige investimentos contínuos para garantir a
eficiência logística e a competitividade.
“Temos aqui três das principais fronteiras secas
do Brasil, uma forte vocação portuária e uma economia dinâmica, que exige
soluções logísticas integradas. Planejar, com transparência e participação,
é a chave para conseguir dar realmente uma saída para os gargalos logísticos
que afetam a região Sul”, detalhou o diretor de Mercado e Inovações da Infra
S.A., Marcelo Vinaud Prado.
O evento “Logística no Brasil”, promovido pelo
Ministério dos Transportes e pela Infra S.A., irá percorrer outras sete
capitais brasileiras até o fim de 2025.
Também participaram do encontro representantes da
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), do Terminal de
Contêineres de Paranaguá (TCP), da Federação das Empresas de Transportes de
Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) e especialistas em agronegócio.
Escuta atenta e planejamento de longo prazo
O PNL 2050 está em fase de diagnóstico, com
levantamento das principais deficiências da rede de transportes e escuta
ativa da sociedade civil e do setor produtivo. A iniciativa também incorpora
uma visão regionalizada dos desafios logísticos, com atenção especial à
redução das desigualdades e ao fortalecimento da competitividade de áreas
com alta densidade de exportação.
O plano seguirá as determinações do Planejamento
Integrado de Transportes (PIT), instituído pelo presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, em maio de 2024, por meio do Decreto nº 12.022. A
previsão do Ministério dos Transportes é de que até o fim do ano as
diretrizes entrem em vigor.
Modernização da
rodovia Padre Manoel da Nóbrega vai gerar empregos e impulsionar logística
na região (Vitrine 18/08)
A modernização promovida pelo Governo de São
Paulo na rodovia Manoel da Nóbrega (SP 055), por meio da concessão do Lote
Litoral Paulista, tem potencial para impulsionar a economia regional, com
geração de empregos e renda para os municípios litorâneos. A Concessionária
Novo Litoral já conta com cerca de 700 colaboradores, com 95% contratados
localmente. Também está previsto o repasse de R$ 55 milhões em Imposto Sobre
Serviços (ISS) aos municípios da região apenas nos primeiros cinco anos de
concessão. Essas
oportunidades surgem devido ao grande volume de investimentos e obras
planejadas para o período de concessão que devem fortalecer a rota como novo
corredor logístico de acesso ao porto de Santos. Atualmente, cerca de R$ 134
milhões já estão sendo investidos em melhorias viárias como: recuperação de
34 km de faixas, com a aplicação de 17.300 toneladas de pavimento novo, além
de sete frentes permanentes de trabalho e outras intervenções.
A atuação está
concentrada em trechos de Bertioga, Santos, Miracatu e Peruíbe, com reforço
na sinalização, iluminação e reparos em pontos críticos, além da construção
de bases de atendimento ao usuário 24 horas, que vão substituir as
provisórias. Desde o início da concessão, já foram realizados mais de 11
milhões de metros quadrados de limpeza e manejo da vegetação — o equivalente
a 1336 campos de futebol —, ampliando a visibilidade e a segurança nas
pistas. Em
novembro de 2024, mais de 30 viaturas reforçaram o policiamento rodoviário,
aumentando a proteção de motoristas e pedestres. Paralelamente, os canteiros
estão prontos para receber grandes obras, como duplicações, marginais,
passarelas e ciclovias, consolidando um novo padrão de infraestrutura e
atendimento aos usuários.
“A modernização da Manoel da Nóbrega e os
investimentos deverão criar um novo ciclo de oportunidades com a crescente
demanda da prestação de serviços voltados ao atendimento aos usuários, tanto
pela concessionária quanto por particulares”, explica Rafael Benini,
secretário de Parcerias em Investimentos do Estado de São Paulo.
A modernização inclui ainda o monitoramento por
CFTV, conectividade e reforço na sinalização e iluminação das vias. O
objetivo é garantir um padrão mais seguro, moderno e funcional de circulação
urbana e regional, sem comprometer o dia a dia dos moradores da Baixada.
Os pórticos eletrônicos de cobrança só passarão a
operar após a entrega das obras prioritárias, fiscalizadas pela Artesp, e
está condicionada à conclusão das marginais entre Praia Grande e Peruíbe,
que serão gratuitas e contarão com calçamento, sinalização e iluminação
completa. Até lá, moradores da região do Litoral Sul terão total isenção.
“A cobrança só começa depois da entrega. Esse
modelo é transparente e justo. Já temos melhorias visíveis e efetivas
acontecendo em diversas cidades como Arujá, Bertioga, Itanhaém, Mongaguá,
Miracatu, Itariri, com impacto direto na segurança, fluidez do tráfego e
qualidade de vida”, destaca o secretário.
Com investimento total
de R$ 4,3 bilhões, o contrato prevê a duplicação de 89,8 km de rodovias,
108,5 km de marginais e outros 212 km de melhorias estruturais que abrangem
a Baixada Santista, o Alto Tietê e o Vale do Ribeira. O projeto prevê
modernização completa da infraestrutura da região e visa aumentar a
segurança viária, melhorar a fluidez do tráfego e promover mais mobilidade
para quem vive e circula entre os municípios.
Siga Fácil Siga
Fácil é o sistema do Governo de São Paulo que substitui as praças de pedágio
por pórticos eletrônicos inteligentes, identificando veículos por placas ou
tags, tornando o processo mais rápido, mais justo e mais eficiente.
Supervisionado pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp),
ele elimina filas, reduz acidentes e, nas concessões firmadas a partir de
2024, cobra proporcionalmente ao trecho percorrido. O sistema será
implantado gradualmente nos projetos de concessão mais recentes, como o Novo
Litoral Paulista, Nova Raposo e Rota Sorocabana, além dos contratos já
existentes. O site sigafacil.sp.gov.br traz mapa de pórticos, formas de
pagamento e canais de atendimento.
Em disputa acirrada, Rota Agro é
concedida à iniciativa privada e receberá R$ 7,26 bilhões em investimentos
(Vitrine 14/08)
Motor do PIB nacional, os corredores logísticos
da chamada Rota Agro (BR-060/364/GO/MT), agora serão operados pelo Consórcio
Rota Agro Brasil. No leilão promovido pelo Ministério dos Transportes, nesta
quinta-feira (14), a empresa ofereceu o maior desconto sobre a tarifa básica
de pedágio de 19,70% e se comprometeu a investir R$ 7,26 bilhões para
administrar o trecho de 490 quilômetros entre os estados de Goiás e Mato
Grosso pelos próximos 30 anos. Este foi o 16º certame promovido pela pasta,
com recorde de cinco investidores que disputaram o projeto.
"Os leilões têm tido alta adesão, com o maior
nível de concorrência dos últimos anos. Entre 1998 e 2022, o Brasil recebeu
R$129 bilhões em investimentos privados em rodovias. De 2023 até agora,
contratamos R$176 bilhões, superando esse total. Estamos em um momento
histórico de investimentos", afirmou o ministro dos Transportes, Renan
Filho. Em função
do alto volume de veículos que passam pelas estradas, as melhorias na
infraestrutura são muito aguardadas pelo mercado, uma vez que unem o
aprimoramento de dois setores - o de transportes e o do agronegócio -, para
otimizar a distribuição de alimentos pelo Brasil e para o exterior.
“Do campo ao prato, passamos pelas estradas em
diversos momentos: desde a produção, na colheita e no transporte para
processamento, até o trajeto final dos alimentos até as casas das pessoas.
Isso evidencia a importância das rodovias", completou Renan Filho.
Segundo dados da Confederação Nacional da
Agricultura e Pecuária (CNA), o PIB do agronegócio brasileiro pode alcançar
R$3,79 trilhões em 2025, sendo R$2,57 trilhões no ramo agrícola e R$1,22
trilhão no pecuário. Considerando essa projeção, estima-se que a
participação do setor na economia fique próxima de 29,4% neste ano, acima
dos 23,5% registrados em 2024.
“Não poderia deixar de destacar a relevância
dessa rota, que liga duas potencialidades gigantes da agropecuária
brasileira: Rondonópolis (MT) a Rio Verde (GO). Investir em rodovias e
ferrovias é trazer competitividade para o setor. O campo pode continuar
produzindo e crescendo, porque a infraestrutura avança na mesma velocidade",
pontuou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Um dos principais
gargalos a ser superado atualmente nas BRs 060/364/GO/MT está relacionado à
ampliação da capacidade rodoviária nos estados, devido ao intenso tráfego de
caminhões e carros que dividem o trajeto. O Representante Consórcio Rota
Agro Brasil, Gabriel Freire, reforçou o compromisso com a execução das
intervenções nas estradas.
“Nos consideramos uma empresa goiana e, agora,
também somos mato-grossense. Vamos contribuir muito mais com o
desenvolvimento dos estados de forma sustentável e inclusiva. Um
planejamento bem realizado para essas rodovias refletirá diretamente na
distribuição de importantes produtos para a nossa economia e na mobilidade
da população", disse.
O Consórcio Rota Agro Brasil é liderado pela
Azevedo & Travassos Infraestrutura, que também administra as BRs-060 e 452,
no trecho estratégico para o escoamento de grãos no estado de Goiás, ligando
Goiânia, Rio Verde e Itumbiara, conhecido como Rota Verde. Além do setor de
transportes, a Azevedo & Travassos atua também nos segmentos de saneamento
ambiental e óleo e gás.
Também integram o consórcio as empresas Camaçari
Fundo de Investimento e Participações Multiestratégia, Sobrado Construção
Ltda. e Gai Construção e Comércio Ltda.
Entre as inovações do edital estão descontos
progressivos no pedágio, de acordo com a frequência de uso pelos motoristas
da via, além do compromisso com o Programa Carbono Zero no setor de
logística.
Conexão Centro-Oeste
Em Mato Grosso, o lote rodoviário da Rota Agro
contempla cinco municípios, exercendo influência sobre a cidade de
Rondonópolis, localizada na região sudeste do estado, a 210 quilômetros da
capital Cuiabá, com 245 mil habitantes e o segundo maior PIB local. O
corredor é uma conexão essencial entre os grandes centros metropolitanos
produtores e os portos do Brasil.
Ciente de que investimentos em infraestrutura e
logística contribuem para o desenvolvimento socioeconômico regional, até o
fim de 2025 o Ministério dos Transportes vai alocar R$502,1 milhões em Mato
Grosso, um aumento de cerca de 77% em comparação ao governo anterior, que
aportou R$283,8 milhões em 2022.
Já em Goiás, a rodovia passa pelas cidades de Rio
Verde, Jataí, Mineiros, Portelândia e Santa Rita do Araguaia. Berço do
agronegócio brasileiro e um dos maiores produtores de grãos do país,
especialmente soja e milho, o estado receberá em 2025 R$396,7 milhões em
investimentos nos transportes.
“Há muito tempo esperávamos por uma solução para
essa rota, que, além de ter grande importância econômica para garantir a
competitividade da região — hoje a maior produtora do nosso estado e uma das
mais produtivas do Brasil —, é também uma área que, ao longo de tantos anos,
tem enfrentado uma série de tragédias devido ao intenso tráfego na rodovia
BR 364", observou o vice-governador Goiás, Daniel Vilela.
"Reconheço a dedicação que o Ministério dos
Transportes tem demonstrado ao estado. O ministro Renan é, sem comparação, o
que mais fez entregas em Goiás e que ainda fará muito mais durante o seu
mandato", finalizou Vilela.
O leilão da Rota Agro recebeu propostas iniciais
de cinco grupos: Consórcio Rota Agro Brasil (17,18%), Way Concessões
(16,10%), EPR (10,80%), Rota do Cerrado (10,55%) e VF Gomes (sem desconto).
Esse foi o certame da União com o maior número de
propostas desde 2023. A diferença entre as ofertas levou a disputa para a
etapa de viva-voz, que contou com mais de 20 lances e variações de 0,10%
entre a Way Concessões e o Consórcio Rota Agro Brasil. Ao final, o consórcio
venceu, oferecendo 19,70% de desconto sobre a tarifa de pedágio.
A expectativa do Governo Federal é que o avanço
da Rota Agro gere reflexos diretos no crescimento do Brasil, estimulando
empregos, comércio e investimentos com outros países.
Governo Federal autoriza início da
construção de ponte aguardada há mais de 100 anos por brasileiros e
bolivianos (Vitrine 07/08)
O ministro dos Transportes, Renan Filho, assina
nesta sexta-feira (8), junto ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva, a ordem de serviço para a construção da Ponte Binacional entre
Guajará-Mirim (RO) e Guayaramerín, na Bolívia.
A ponte será construída sobre o Rio Mamoré, na
BR-425/RO, e substituirá a atual travessia, feita por balsas, garantindo uma
ligação rodoviária contínua entre os dois países e promovendo maior
integração logística, mobilidade e desenvolvimento latinoamericano.
Com investimento de R$421,398 milhões, a obra
será executada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT), em parceria com o governo boliviano. A iniciativa representa o
cumprimento de um compromisso histórico, firmado no Tratado de Petrópolis,
de 1903, quando o Brasil anexou o Acre.
Credenciamento de imprensa
Profissionais de imprensa interessados em cobrir
o evento devem realizar o credenciamento por meio do sistema da Presidência
da República. As
credenciais aprovadas deverão ser retiradas no local da cerimônia, das 14h
às 15h. Serviço
Assinatura da ordem de serviço – Ponte Binacional
Guajará-Mirim (RO) - Guayaramerín (BO)
Data: Sexta-feira, 8 de agosto.
Horário: às 15h30
Local: Teatro Estadual Palácio das Artes – Av. Presidente Dutra, 4183 –
Olaria, Porto Velho (RO)
Já estão abertas as inscrições para o
próximo curso
aberto de PDM/PDS do IMAM
(Vitrine 31/07)
O IMAM já abriu as inscrições para o
próximo curso aberto de PDM/PDS - Padrão de Descrição de Materiais/Serviços,
que ocorre em 15/08. O curso é híbrido com as opções de presencial e on-line. Tem a
duração de 1 dia (8hs).
"É uma ótima oportunidade para os
profissionais do mundo de Materiais se aprofundarem neste assunto", comentou Marcos Valle Verlangieri,
professor do curso e consultor especialista em PDM/PDS.
Nova Ferroeste: Projeto Promete Revolucionar a Logística do Sul do
Brasil (Rádio Rural 31/07) A implantação da Nova Ferroeste,
projeto ferroviário estratégico para a região Sul do Brasil, segue avançando
com foco em viabilidade técnica, ambiental e econômica. O traçado deverá
ligar Cascavel (PR) a Chapecó (SC), integrando-se a ramais ferroviários em
Passo Fundo, Correia Pinto e ao Porto de Paranaguá, no Paraná. O projeto
também contempla futuras conexões com Argentina e Paraguai. Durante
entrevista concedida nesta quinta-feira (31) ao programa Visão Geral, da
Rádio Rural de Concórdia, Lenoir Broch, coordenador do Movimento
Pró-Ferrovias, destacou a evolução do projeto nos últimos anos e o
protagonismo de entidades catarinenses e paranaenses na viabilização dos
estudos iniciais. “Há quase quatro anos, falava-se pouco em ferrovia no
Sul. Hoje, graças à união de oito entidades que financiaram o estudo entre
Cascavel e Chapecó, o assunto ganhou corpo. Já temos também estudos entre
Chapecó e Passo Fundo, além de uma proposta do Governo de Santa Catarina
ligando Chapecó ao tronco sul ferroviário na região de Lages”, explicou
Broch.
Modal ferroviário é solução logística para o agronegócio O
coordenador destacou que a principal motivação do projeto é econômica: o
elevado custo do transporte rodoviário, sobretudo para a agroindústria.
Santa Catarina, por exemplo, importa anualmente cerca de 7 milhões de
toneladas de milho do Paraguai, Mato Grosso, Goiás e outras regiões para
abastecer a produção de ração animal. “Essas longas distâncias encarecem
o produto. O modal ferroviário é fundamental para vencer distâncias maiores
com menor custo. Deixamos o transporte rodoviário para os trechos curtos e
usamos os trens para longas distâncias. Isso pode reduzir em até 30% o custo
logístico”, afirmou Broch.
Traçado planejado para evitar áreas sensíveis Um dos desafios
atuais é o licenciamento ambiental, especialmente no trecho de Maracaju (MS)
a Guaíra (PR), onde há áreas indígenas. A FUNAI solicitou novos estudos de
impacto, o que deve atrasar parte da obra. Diante disso, o grupo estuda
alternativas de traçado para evitar áreas de conflito e preservar o
cronograma. “Nosso estudo entre Cascavel e Chapecó já respeitou um raio
de segurança de 5 a 10 km de qualquer área indígena ou quilombola,
justamente para evitar entraves jurídicos”, explicou o coordenador. O
traçado previsto passa por regiões do Extremo Oeste catarinense e chega a
Chapecó com potencial de conexão com ferrovias nacionais e até
internacionais, incluindo a Argentina e o Paraguai.
Investidores interessados e foco no transporte de cargas e passageiros
Broch também informou que investidores privados têm demonstrado interesse no
projeto. Os estudos já demonstraram viabilidade econômica, técnica e
ambiental para o transporte de cargas. Agora, avança-se para uma nova etapa:
considerar o transporte de passageiros no projeto.
“Queremos que o Brasil volte a investir nesse modal como os países
desenvolvidos. A malha ferroviária brasileira era de 30 mil km em 1930. Hoje
não chega a 15 mil km operacionais. Isso é pouco para um país da nossa
dimensão territorial”, argumentou Broch. Ele enfatizou que a Região Sul,
por sua forte industrialização e agroindústria, tem tudo a ganhar com a
retomada do transporte ferroviário. “Precisamos modernizar nossa
logística. Isso ajudará a reduzir custos, melhorar a competitividade dos
produtos brasileiros e impulsionar o crescimento do PIB. A Nova Ferroeste é
um projeto estratégico para todo o país”, concluiu. A Nova Ferroeste
representa uma esperança logística para o Sul do Brasil, unindo estados,
iniciativa privada e poder público em torno de um objetivo comum: modernizar
o transporte e alavancar a economia regional.
Governo Federal intensifica debate sobre o futuro da logística
nacional durante encontro nesta quarta (Vitrine 30/07) Acontece
nesta quarta-feira (30), em São Paulo, o segundo encontro da série que tem
como objetivo debater aprimoramentos para a elaboração do Plano Nacional de
Logística (PNL) 2050. Os ministros dos Transportes, Renan Filho; de
Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho e a ministra de Planejamento e
Orçamento, Simone Tebet, irão discutir, junto ao mercado, os desafios e
oportunidades para as diretrizes de médio e longo prazo que vão compor o
setor de infraestrutura nos próximos anos. Essa escuta busca tornar mais
assertiva a construção do plano que vai orientar os investimentos em
logística, estimular a multimodalidade, reduzir gargalos no escoamento da
produção e fortalecer a integração entre os meios de transporte de forma
sustentável. Realizados em parceria com a Infra S.A., os encontros sobre o
PNL 2050 irão percorrer outras 8 capitais brasileiras. O plano será lançado
em dezembro deste ano. O debate será transmitido ao vivo pelo canal do
Ministério dos Transportes no YouTube. Série de debates - Logística no
Brasil Data: Quarta feira, 30 de julho Horário: a partir das 9h45
Local: Salão Nobre da Fiesp - Avenida Paulista, 1313, São Paulo (SP)
Governo de SP abre consulta pública para
contribuições ao plano estratégico de logística (Vitrine 29/07)
O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente,
Infraestrutura e Logística (Semil), iniciou a coleta de contribuições da
sociedade civil ao Plano de Logística e Investimentos (PLI-SP 2050). A
ferramenta, que já está no ar no site oficial do projeto, visa ampliar o
engajamento de cidadãos, especialistas, empresas e instituições na
elaboração do plano, que definirá os rumos da infraestrutura paulista nas
próximas décadas.
O PLI-SP 2050 tem como objetivo estruturar soluções integradas para o
transporte e a logística no estado, com base em dados técnicos, inovação e
sustentabilidade. A iniciativa busca orientar investimentos estratégicos
para melhorar a fluidez, a eficiência e a conectividade entre diferentes
modais e regiões. As contribuições podem ser feitas em seis frentes
temáticas que estruturam o plano: Polos de Desenvolvimento Regional, Ligação
Planalto-Baixada, Recuperação de Ramais Ferroviários, Dutovias para
Biocombustíveis, Ampliação de Hidrovias e Mobilidade no Vale do Ribeira.
Cada uma delas representa um eixo estratégico para ampliar a eficiência
logística, promover a integração territorial e impulsionar uma economia de
baixo carbono. A participação social é essencial para garantir que o PLI-SP
2050 seja um instrumento eficaz e alinhado aos desafios e oportunidades do
Estado. O lançamento do formulário faz parte do compromisso com a escuta
ativa e a construção colaborativa de soluções para o futuro da logística
paulista, considerando os desafios regionais, as oportunidades de integração
modal e a transição para uma infraestrutura mais sustentável e eficiente.
“Estamos estruturando o PLI-SP 2050 com base em uma escuta qualificada e na
colaboração entre governo, iniciativa privada e sociedade, para que o plano
seja um instrumento eficaz de modernização da infraestrutura e integração
dos modais. As contribuições enviadas por meio do formulário que não
estiverem alinhadas aos eixos do PLI não serão incorporadas nesta etapa, mas
todas as sugestões serão analisadas ao longo da estruturação do projeto”,
destaca Denis Gerage Amorim, Subsecretário de Logística e Transportes da
Semil.
Reuniões setoriais Além do lançamento do formulário online, a Semil
intensificou, nos últimos dois meses, uma série de reuniões estratégicas com
representantes dos setores produtivo e técnico. Os encontros reuniram
instituições públicas, concessionárias, operadores logísticos e associações
setoriais, consolidando uma agenda colaborativa para modernizar a
infraestrutura logística paulista. Destaques das reuniões incluem as
discussões com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) sobre parcerias
para sustentabilidade, modernização modal e resiliência da infraestrutura,
além das inovações apresentadas pela Associação Brasileira de Engenharia
Ferroviária (Abifer), como locomotivas movidas a hidrogênio e a integração
do transporte ferroviário com cadeias produtivas. Também foram debatidas
soluções para ampliar a capacidade do sistema hidroviário, avanços na malha
ferroviária, investimentos em terminais e abordagens intermodais envolvendo
portos, ferrovias, hidrovias e dutovias, com foco em competitividade e
sustentabilidade. As informações e sugestões dessas escutas técnicas,
junto às contribuições do formulário online, subsidiarão o diagnóstico em
andamento e orientarão a elaboração da carteira de projetos estruturantes do
PLI-SP 2050, prevista para apresentação até meados de 2026.
No TCU, Ministério dos Transportes debate otimização do contrato de
concessão da BR-163 (Vitrine 02/07) Oferecer uma infraestrutura
de transporte condizente com a atual necessidade da população e do setor
produtivo. Com esse objetivo, o Ministério dos Transportes participou, nesta
quarta-feira (2), de um debate promovido pelo Tribunal de Contas da União
(TCU), sobre a otimização contratual da BR-163/230. A Via Brasil,
responsável pelo trecho, também estava presente. “Este é um corredor
fundamental para a competitividade do Brasil. A gente tem acompanhado como a
produção de milho vem crescendo e entende que essa rodovia vai ser demandada
com um volume cada vez maior para os próximos anos”, afirmou o ministro dos
Transportes em exercício, George Santoro, durante a abertura do encontro.
O trecho de mais de 1.000 quilômetros da BR-163/230/MT/PA, entre Sinop (MT)
e os portos do Arco Norte, em Miritituba (PA), é considerado o principal
corredor para o escoamento da produção de grãos das regiões Centro-Oeste
para o Norte do país. A concessão do segmento, firmada em 2022, prevê
apenas 10 anos de contrato, além de melhorias e investimentos que não
estariam alinhados à realidade logística atual da região. “Essa é a única
concessão no âmbito federal com prazo de 10 anos. Hoje, nós estruturamos
projetos de concessão de rodovias com duração de 30 anos, há um equilíbrio
entre capacidade de execução, interferência no tráfego e financiabilidade.
Por isso este projeto, estruturado com 10 anos, tem uma quantidade de obras
previstas bastante limitada”, explicou a secretária Nacional de Transporte
Rodoviário, Viviane Esse. A BR-163/230/MT/PA atravessa 13 municípios e
afeta diretamente a vida de quase 600 mil pessoas. “Nós entendemos que o
interesse público na otimização deste contrato é evidente. É um setor muito
relevante, há uma expectativa pelo Plano Safra de crescimento ainda maior de
carga a ser transportada, por isso é necessário que tenhamos rodovias
adequadas e seguras”, disse a secretária Nacional de Transporte Rodoviário.
Participaram ainda do painel sobre a otimização da BR-163/230/MT/PA a
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e representantes do
Governo de Mato Grosso. O evento foi transmitido em tempo real pelo canal do
TCU no YouTube. “Este painel de referência, ao viabilizar que mais atores
participem da construção da solução para o caso específico, abrangendo um
tema de grande relevância para o país, propiciará uma solução de forma mais
colaborativa e participativa”, concluiu o presidente do TCU, Vital do Rêgo.
Otimização Com aval do TCU, o Ministério dos Transportes já
levou a leilão dois contratos que foram otimizados: o da BR-163, mas no
trecho de Mato Grosso do Sul, e o da BR-101/ES/BA. No fim do mês passado, a
Corte de Contas também aprovou a otimização contratual da BR-381/MG/SP, a
Rodovia Fernão Dias. O leilão acontecerá ainda este ano. “Essa política,
instituída pela Portaria 848/2023, permite antecipar investimentos de forma
significativa, permite acelerar entregas, garantir segurança e integrar
regiões produtoras ao restante do país”, afirmou Viviane Esse. “Isso é
muito importante, porque a gente está destravando problemas antigos em que a
gente consegue melhorar bastante a vida do brasileiro”, acrescentou o
ministro dos Transportes em exercício. A expectativa é que a Política de
Otimização do Ministério dos Transportes gere R$97 bilhões de investimento
em melhorias na malha rodoviária brasileira.
Ministério dos Transportes reforça apoio à ANTT para garantir continuidade
do pipeline de projetos de concessão (Vitrine 01/07) Diante das
restrições fiscais enfrentadas pelo Governo Federal, o Ministério dos
Transportes tem adotado uma gestão estratégica e responsável para assegurar
a continuidade de ações essenciais no setor. A pasta vem atuando para
destinar recursos do próprio orçamento com o objetivo de diminuir os
impactos do contingenciamento e preservar programas estruturantes, como o
pipeline de concessões em infraestrutura rodoviária e ferroviária. Nesse
contexto, o Ministério também tem reforçado a cooperação com a Agência
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), buscando preservar sua atuação
institucional. Foram aportados R$ 10 milhões para recompor parcialmente o
orçamento da agência neste ano e há a previsão de mais R$ 20 milhões até
agosto, em repasses mensais escalonados. “Estamos fazendo uma reorganização
orçamentária para garantir que nada pare. Nosso foco é manter o
funcionamento das estruturas essenciais e o apoio à ANTT”, afirmou o
ministro dos Transportes em exercício, George Santoro. Ele ressaltou,
ainda, que a atuação da pasta segue pautada pela transparência, pela
responsabilidade fiscal e pelo compromisso com a entrega de serviços
públicos de qualidade à população. “Nós temos desafios a serem enfrentados
até o final do ano. Mas podem ter certeza de que vamos procurar preservar ao
máximo o andamento do setor”, completou Santoro.
Parceria entre Ministério dos Transportes e o CAF fomenta mapeamento
logístico regional (Vitrine 01/07) Ministério dos Transportes
deu mais um passo importante nesta terça-feira (1º) rumo a um planejamento
logístico integrado de longo prazo. A pasta assinou com o Banco de
Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), um Acordo de Cooperação
Técnica (ACT) para realizar estudos junto aos estados brasileiros, no
sentido de aprimorar a elaboração do Plano Nacional de Logística 2050 (PNL).
Esta é a primeira vez que o Brasil conta com um gerenciamento do setor, que
abrange todas as regiões. “A partir desse trabalho, com acesso a mais
informações, teremos também muito mais precisão na identificação da origem e
dos fluxos das cargas no Brasil. Isso representa uma grande evolução em
relação ao que tínhamos no passado”, afirmou o ministro dos Transportes em
exercício, George Santoro. Com aporte de US$300 mil do CAF para a
realização da pesquisa, a iniciativa irá mapear as principais demandas e
gargalos regionais. “Acreditamos que o futuro da logística no Brasil
passa por um planejamento estruturado, conectado com as vocações regionais e
os desafios de infraestrutura”, disse Estefanía Laterza, representante do
CAF no Brasil. O presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais
de Transportes e Mobilidade, Fábio Damasceno, acredita que uma cadeia
logística mais eficiente permite ao Brasil competir em nível global. Ele
ressaltou a importância de alinhar os investimentos, evitando casos em que a
unidade federativa e a União atuem em rodovias paralelas, quando o ideal
seria sincronizar as ações. “É muito importante para orientar todos os
estados sobre onde concentrar os melhores investimentos, seja em rodovias,
ferrovias, portos ou aeroportos”, pontuou Damasceno.
Escuta ativa O PNL 2050 será lançado no segundo semestre de 2025. A
sociedade civil tem até 18 de julho para contribuir na construção do plano,
por meio da plataforma Participa + Brasil, do Governo Federal. As diretrizes
estão sendo elaboradas com base nas determinações do Planejamento Integrado
de Transportes (PIT), instituído pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
em maio do ano passado, por meio do Decreto n.º 12.022/2024, que busca
ampliar a competitividade nacional, promover o desenvolvimento regional e
fortalecer a integração do território. “A grande novidade trazida pelo
decreto é a governança interministerial. Por força dessa governança, o PNL
deixa de ser um documento setorial e passa a representar um compromisso do
Governo Federal”, conta a subsecretária de Fomento e Planejamento do
Ministério dos Transportes, Gabriela Avelino. “O planejamento nacional de
longo prazo do setor de transportes passa a ser um compromisso de Estado”,
concluiu. Também participaram do evento o secretário-executivo adjunto do
Ministério de Portos e Aeroportos, Fábio Lavor, e o diretor de Mercado e
Inovação da Infra S.A., Marcelo Vinaud.
CBF começa a
definir logística para o Mundial de 2026 (Vitrine 01/07) Tão
logo assegurou a vaga no Mundial de 2026, o Departamento de Seleções da CBF
iniciou os preparativos visando à participação do Brasil na competição. Nos
últimos dias, Sérgio Dimas, supervisor geral da CBF, e Guilherme Passos,
fisiologista, estiveram nos Estados Unidos visitando e inspecionando
possíveis locais de treinamento e hospedagem da delegação. Como parte da
preparação da equipe para o torneio, a CBF mapeou vários locais que poderão
abrigar o Brasil durante a Copa do Mundo, que será disputada na América do
Norte, com sedes no Canadá, Estados Unidos e México. Pela primeira vez o
principal torneio da FIFA terá 48 países representados por suas respectivas
seleções. Para Rodrigo Caetano, coordenador executivo geral das Seleções
Masculinas da CBF, esta etapa é primordial para os objetivos do Brasil na
competição: “Assim que confirmamos a classificação matemática para a
Copa, disparamos nosso planejamento em busca de identificar os melhores
“base-camps” (bases operacionais das equipes, compostas por instalações de
treino e alojamentos da Fifa), para quando tivermos o sorteio dos grupos em
dezembro. A ida do Sérgio Dimas e do Guilherme procura também identificar o
que a gente chama de “base-camp CBF”, que vai ser onde faremos a nossa fase
preparatória”. O objetivo principal da viagem é buscar melhor qualidade
de gramados, hotéis, facilidades de logísticas, a menor diferença possível
de fuso e outros fatores que poderão influenciar positivamente no desempenho
da Seleção. Identificadas e mapeadas essas opções, a decisão deverá ser
tomada antes mesmo do sorteio, pois várias seleções estão em busca de seus
locais de preparação. “É obrigação nossa ter essas opções levantadas. Uma
Copa do Mundo se ganha e se perde dentro de campo e fora dele. Nosso
trabalho é planejar, identificar todas as possibilidades e estarmos atentos
a todos os detalhes, para que no período da Copa tudo corra rigorosamente
conforme o desejo da comissão técnica do Carlo Ancelotti. E também darmos as
melhores condições para os atletas, não só no período da disputa, mas também
naquele período preparatório da última data-fifa de junho”, completa Rodrigo
Caetano. Cícero Souza, gerente de Seleções Masculinas, traçou o mapa com
as melhores rotas e locais que possam abrigar a seleção canarinho
“Entender as condições atuais e as melhorias necessárias em cada uma das
principais possibilidades de sedes de treinamento da seleção durante a Copa
do Mundo nos permite mapear os ambientes e dotar de estrutura apropriada
todos os cenários possíveis, para que nossas áreas estejam em condições de
trabalhar em excelência, seja a parte técnica, área de saúde, análise de
desempenho, etc.” Com o planejamento em mãos, Sérgio Dimas e Guilherme
Passos foram verificar in loco as condições dos possíveis locais. A primeira
parada foi em Orlando, no estado da Flórida, região dos EUA que conta com
grande número de brasileiros e que foi utilizada pelo Brasil na preparação
da Copa América de 2024. Houve a inspeção de hotéis e de locais de
treinamento na cidade e em localidades próximas, além do estádio para a
realização de amistosos e jogos-treino. Depois a dupla brasileira viajou
para Seattle, uma das maiores cidades do país, na costa noroeste do
Pacífico, próxima da fronteira com o Canadá, um dos chamados “base camp” da
Fifa e que foi sede também da Copa do Mundo de Clubes. A visita dos
representantes da CBF se encerrou em Portland, onde fica a sede da Nike e
que também poderá ser um dos locais indicados pela Fifa.
A maioria das
empresas no Brasil está buscando reduzir o impacto ambiental da logística,
segundo estudo inédito da SimpliRoute (Jornal Itaquera 16/06)
No Brasil, cerca de 59% das empresas declaram ter
ações específicas para reduzir impactos ambientais na logística, segundo o
State of Logistics, estudo inédito organizado pela SimpliRoute. O país se
destaca em relação a outros países da América Latina, onde a média de
empresas que adotam essas iniciativas é de 36%.
Além disso, a quantidade de emissões de CO2 é um
dos principais indicadores-chave de desempenho (KPI) para 24% das
empresas, ao lado de indicadores como satisfação do cliente, custos e tempo
de entrega. “Observamos um aumento crescente na preocupação com os impactos ambientais
gerados pela logística. Mas esse número ainda é baixo frente às exigências
do mercado e a urgência climática que vivemos na atualidade”, afirma Javiera
Lyon, COO da SimpliRoute.
Essa é a segunda edição do estudo State of
Logistics realizado pela SimpliRoute, líder em roteirização inteligente na
América Latina, em parceria com o Instituto Tecnológico de Monterrey,
principal instituição privada do México, reconhecida globalmente. O estudo
completo está disponível para download no link:
https://simpliroute.com/pt/state-of-logistics
Sobre a SimpliRoute
A SimpliRoute é uma empresa de tecnologia para
logística, fundada em 2014. Com mais de 1000 clientes em 26 países, em dois
continentes, oferece soluções personalizadas para otimização de rotas,
redução de custos operacionais e melhoria da eficiência das operações
logísticas, atendendo companhias de todos os portes. Suas soluções utilizam
inteligência artificial e algoritmos avançados para o planejamento de rotas,
permitindo monitoramento em tempo real e melhorando a tomada de decisões dos
clientes.
Movimentação
portuária bate recorde por dois meses seguidos (Agência Brasil 12/06)
A movimentação nos portos brasileiros foi
recorde, tanto no mês de abril como no acumulado do ano. Com isso já são
dois meses consecutivos de melhores resultados na série histórica, segundo
os dados do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (Antaq).
Na comparação entre a movimentação portuária
registrada em abril de 2025 com abril de 2024, o crescimento ficou em 1,12%.
Foram, ao todo, 107,6 milhões de toneladas de cargas.
No acumulado do ano, de janeiro a abril, a
movimentação alcançou 412 milhões de toneladas. De acordo com o Ministério
de Portos e Aeroportos, este foi o melhor abril da série histórica. “E pelo
segundo mês consecutivo, estamos batendo recorde de movimentação de cargas”,
destacou o ministro Silvio Costa Filho, em nota divulgada pela pasta.
Dados estatísticos
De acordo com os dados estatísticos, a navegação
por longo curso, que inclui exportação e importação, registrou crescimento
de 1,71% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foram 76,6
milhões de toneladas de cargas.
Já na cabotagem, que é a navegação entre portos
do país, a movimentação chegou a 23,3 milhões de toneladas.
A navegação interna, que abrange as vias
navegáveis do interior do Brasil (rios, lagoas, lagos, canais, enseadas)
movimentou 7,6 milhões de toneladas.
Portos públicos e privados
Nas instalações portuárias privadas (terminais
autorizados) o crescimento em abril ficou em 4%, na comparação com abril de
2024 – resultado que corresponde a 69,8 milhões de toneladas.
Nos portos públicos, a movimentação registrada no
mesmo mês ficou em 37,8 milhões de toneladas.
Tendo como base o tipo de produtos, graneis
sólidos apresentaram alta de 2,27%, movimentando 65,1 milhões de toneladas.
Já o crescimento da movimentação de granéis líquidos ficou em 1,94% (25,7
milhões toneladas de cargas).
Novo ramal
ferroviário em SP vai economizar 3 dias de viagem para o transporte de
etanol (Exame 12/06)
A Ultracargo inaugurou nesta quinta-feira, 12, um
ramal ferroviário em Paulínia, no interior de São Paulo, que facilitará o
transporte de etanol de milho entre Centro-Oeste rumo e Sudeste. A economia
de tempo deverá ser de três dias.
"O desvio faz com que o processo de carregamento
e descarregamento pagamento seja muito mais rápido, porque você entra com a
composição inteira e sai com ela inteira", explica Fulvius Tomelin,
presidente da Ultracargo.
Sem um desvio, é preciso separar os vagões da
composição e depois reconectá-los, o que gera mais tempo e custos.
"Do Mato Grosso, a 1.600 km de distância, até
Paulínia, você consegue diminuir quase três dias de ciclo somente pela
existência de desvios eficientes, tanto em Rondonópolis como nós temos, como
esse desvio em Paulínia. Em uma ferrovia, isso é muito substancial", afirma
Tomelin. Ele não estimou o quanto isso pode representar em termos de custo.
O trecho tem 4,4 km de linhas férreas, 14
posições de carga e 28 de descarga, e está conectado à malha ferroviária da
Rumo. O transporte será realizado por composições de até 80 vagões, com
trens carregados tanto na ida quanto na volta.
A operação poderá movimentar até 6 milhões de
metros cúbicos de produtos por ano, sendo 3 milhões de m³ de etanol e 3
milhões de m³ de derivados.
Desde 2023, o projeto recebeu um investimento de
aproximadamente R$ 200 milhões. A obra busca facilitar o escoamento do
etanol de milho, produto que ganha força no mercado nacional e já
corresponde a cerca de 20% do etanol produzido no país.
O Brasil já é o segundo maior produtor mundial de
etanol de milho, segundo o IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia
Agropecuária). Na
safra 2024/25, a produção nacional cresceu cerca de 30%, saltando de 6,3
para 8,2 milhões de m³. Somente o estado do Mato Grosso alcançou 6,70
bilhões de litros de etanol, sendo 5,62 bilhões provenientes do milho —
crescimento de 17% em relação à safra anterior.
"O etanol de milho começou, de forma incipiente,
há seis ou sete anos e hoje já perfaz 20% da produção de etanol nacional
Outras obras da Ultracargo
Além do desvio em Paulínia, estão previstas para
2025 a entrega de um novo trecho de linhas férreas e a expansão da
capacidade de armazenagem em Rondonópolis (MT); a expansão em Santos (SP); e
a inauguração do terminal de Palmeirante (TO), que fortalecerá a logística
de combustíveis no Arco Norte.
“Nosso foco é integrar modais, otimizar rotas e
destravar o potencial competitivo do Brasil. Corredores logísticos como o
que liga São Paulo ao Mato Grosso e o que conecta Maranhão e Tocantins
ajudam a reduzir gargalos, custos logísticos e impactos ambientais", diz
Tomelin.
ANTT recebe
contribuições para debater índice de saturação das ferrovias concedidas
(Ministério dos Transportes 11/06)
A Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) promove a Reunião Participativa nº 6/2025 para discutir a proposta de
uma nova metodologia para cálculo do Índice de Saturação da Ferrovia (ISF).
O encontro será realizado na próxima quinta-feira (6/12), às 14h, em formato
híbrido (presencial e online), no auditório da ANTT e com transmissão pelo
canal oficial da Agência no YouTube.
A reunião apresenta e consolida os critérios
técnicos e operacionais aplicáveis à apuração do ISF, no âmbito dos
contratos de concessão do serviço público de transporte ferroviário de
cargas. A proposta traz maior previsibilidade e proporcionalidade ao
considerar componentes da saturação ferroviária, tais como os movimentos
sazonais, flutuações de mercado e demandas dos usuários por curto prazo, sem
garantia da respectiva entrega de carga.
Além do encontro presencial, o prazo para envio
das contribuições por escrito se estende até às 18 horas (horário de
Brasília) do dia 23 de junho de 2025. As informações relativas ao objeto da
RP nº 6/2025 e as orientações sobre os procedimentos relacionados à
participação nas sessões estão disponíveis no sistema ParticipaNTT.
Não é necessário credenciamento prévio dos
jornalistas específicos em acompanhar o encontro.
SERVIÇO Reunião
Participativa nº 06/2025
• Brasília/DF (presencial e virtual)
• Dados: quinta-feira, 12 de junho de 2025
• Horário: 14h
• Local: Auditório da ANTT – SCES, trecho 03,
lote 10, Projeto Orla
• Capacidade: 353 lugares
Sistema Transporte
apresenta Coalizão pela Descarbonização à ANTT (Agência CNT 08/05)
O Sistema Transporte se reuniu, nesta
quarta-feira (6), com o Comitê de Desenvolvimento de Sustentabilidade de
Ferrovias e Rodovias da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres)
para apresentar a Coalizão do Transporte pela Descarbonização – uma
iniciativa que busca impulsionar a transição energética no setor de
transporte e logística no Brasil.
Formada por mais de 50 instituições e empresas, a
Coalizão tem como objetivo desenvolver soluções práticas, integradas e
sustentáveis para a redução das emissões de gases de efeito estufa no
transporte. A proposta está alinhada aos compromissos climáticos assumidos
pelo Brasil para neutralizar suas emissões até 2050. A iniciativa é liderada
pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), em parceria com o CEBDS
(Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), o
Grupo Motiva (antiga CCR) e o Insper.
Durante o encontro, o diretor adjunto nacional do
SEST SENAT, Vinicius Ladeira, destacou o protagonismo do Sistema Transporte
na elaboração do estudo técnico desenvolvido pela Coalizão, que reúne
propostas concretas para reduzir as emissões em toda a cadeia da mobilidade.
“Houve uma mobilização significativa da base do Sistema, que contribuiu de
forma decisiva para a construção do conteúdo final do material”, afirmou.
O estudo propõe uma estratégia nacional para a
descarbonização do transporte, com foco em modernização da infraestrutura,
renovação de frotas, incentivo ao transporte coletivo, ampliação do uso de
biocombustíveis e aceleração da eletrificação dos modais. As recomendações
também consideram as diferentes realidades regionais do país, propondo
soluções que tornem o transporte mais sustentável, eficiente e inclusivo.
Durante a reunião, Vinicius Ladeira também fez o
convite oficial para o lançamento do estudo, que ocorrerá no dia 12 de maio,
na sede da CNT, em Brasília.
A Coalizão está conectada às discussões globais
sobre o clima e à agenda da COP30, que será realizada em novembro de 2025,
em Belém (PA). A expectativa é de que o grupo se consolide como um espaço
permanente de articulação entre governo, setor produtivo e sociedade civil,
contribuindo para o avanço da sustentabilidade na mobilidade e na logística
do país.
Participaram da reunião o diretor adjunto nacional do SEST SENAT, Vinicius
Ladeira; a gerente executiva governamental da CNT, Danielle Bernardes; o
chefe de Relacionamento com Stakeholders da Motiva, Lucelio de Moraes; além
de representantes da ANTT, do Ministério dos Transportes, da Associação
Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), da Associação Brasileira
de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e da MoveInfra.
Logística e tecnologia para escoar a produção (Governo
de SP 28/04)
Mil quilômetros de estradas rurais em São Paulo
serão recuperados até 2026 por meio do Programa de Logística Rural do
governo estadual, totalizando investimentos acima de R$ 200 milhões. Também
estão previstas construções de pontes metálicas e de concreto, além de novos
centros de distribuição e de comércio de produtos agrícolas. Já foram
assinadas as ordens de serviço das 20 obras iniciais, orçadas em R$ 18
milhões. “É o agro que nos coloca na liderança nas exportações, é o agro
paulista que representa 20% do agro no Brasil e é em São Paulo que estamos
avançando. Tivemos excelentes resultados no ano passado e vamos continuar
crescendo em 2025, com investimentos em irrigação, na conectividade e
logística, usando os instrumentos que estão à nossa disposição, como o
Desenvolve SP. Ninguém segura o agro de São Paulo e vamos dar o exemplo para
o Brasil”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas, em fevereiro, quando
anunciou os investimentos iniciais do programa.
O Logística Rural é em
grande parte baseado em parcerias com os governos municipais. Prefeituras
que aderirem ao programa receberão equipamentos – motoniveladoras,
caminhões, retroescavadeiras, rolo compressor, entre outros – para a
execução de obras de conservação das estradas rurais.
O programa é também
a oportunidade para que a Secretaria de Agricultura e Abastecimento atenda
antiga demanda dos municípios para a substituição de pontes de madeira por
estruturas de concreto ou metal – que suportam maior peso e, assim,
contribuem para uma melhor eficiência do escoamento da produção agrícola e
redução de atrasos e perdas na produção. Só neste ano, a previsão é de
investimento de R$ 45 milhões em obras de 45 pontes padronizadas.
Também
estão no escopo do AgroLogística – que reformula e moderniza o programa
anterior do governo que tratava de logística rural, o Melhor Caminho – a
instalação de centros de distribuição e de comercialização de produtos
agrícolas, além da construção de silos para estoque adequado de produtos.
O governo de São Paulo também firmou convênios com 51 municípios para a
aquisição de máquinas agrícolas destinadas a pequenos produtores, dentro do
programa Patrulha Rural. O investimento é de R$ 16,2 milhões em maquinários
como composteiras, retroescavadeiras e pás-carregadeiras. O objetivo é dar
condições para o incremento da renda da agricultura familiar.
Maior conectividade
Além de melhorias na logística, outra frente essencial para
o desenvolvimento do agro paulista é a conectividade. É fundamental ter
acesso a internet de qualidade, tanto para realizar as mais diversas tarefas
ligadas ao cotidiano das atividades agropecuárias, a exemplo de acompanhar a
previsão do tempo e verificar o preço dos insumos, quanto para adotar
avanços tecnológicos, como a agricultura de precisão e o monitoramento
remoto. Pesquisa recente da consultoria McKinsey revelou que 60% dos
produtores agrícolas brasileiros vislumbram o aumento de produtividade como
principal motor para lidar com as turbulências e alcançar um futuro mais
lucrativo. Na visão dos produtores, são duas as alavancas principais para
cumprir esse objetivo: a intensificação de práticas agrícolas sustentáveis,
com o aumento do uso de produtos de base biológica e técnicas regenerativas,
e a adesão a tecnologias e inovações que melhoram a gestão do campo.
O
governo de São Paulo está atento a esse tema e age para ampliar a
conectividade no campo, com foco especial em atender pequenos e médios
produtores. Para levar internet de alta velocidade a todos os cantos do
território paulista, desenvolve parcerias com a iniciativa privada e
organizações representativas, gerando condições favoráveis para atrair a
instalação de antenas de internet.
Outra ação estratégica é a integração
de programas já existentes, como o Rotas Rurais e o SemeAr. O Rotas Rurais
foi o primeiro programa de endereçamento rural da América Latina,
desenvolvido pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria
de Agricultura, em parceria com o Google, usando a tecnologia Plus Code. Por
meio desse programa, muitas propriedades rurais foram colocadas no mapa –
literalmente, pois o processo envolveu até a definição de Códigos de
Endereçamento Postal (CEP). Já o SemeAr desenvolve soluções tecnológicas
para pequenos e médios produtores, impulsionando conectividade, inteligência
artificial, sensoriamento remoto, automação e rastreabilidade.
Tarifaço impacta logística brasileira, mas pode ser bom
(Estado de Minas 24/04)
Empresas do mundo todo estão atentas ao
cenário de tensão comercial que parece estar longe do fim, com os Estados
Unidos impondo tarifas de até 145% sobre produtos chineses, e a China
retaliando com taxas também elevadas, de 125%, sobre produtos americanos. No
total, 185 países estão sendo impactados pelas tarifas comerciais anunciadas
no início de abril pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O Brasil não
escapou ileso e foi afetado com tarifação de 10% em alguns
setores e 25%
sobre o aço nacional, um dos principais materiais que o país exporta para os
estadunidenses. Mesmo que o Brasil tenha tido uma das menores taxas
aplicadas, a reação na cadeia produtiva é real e impacta a logística
brasileira. Na indústria automotiva, por exemplo, montadoras como a
Stellantis, que é dona das marcas Chrysler, Jeep e Dodge, paralisou
temporariamente (até o final de abril) a linha de produção de suas fábricas
no México e no Canadá. A decisão também terá reflexos em plantas americanas
que fornecem componentes para essas unidades.
Segundo o especialista em
logística emergencial, Marcelo Zeferino, CCO da Prestex, a verdade é que a
indústria como um todo ligou o sinal de alerta nas duas pontas: “Se de um
lado, o maior parceiro para venda de produtos industrializados do Brasil são
os EUA e com taxa de 10% deve-se perder em competitividade, do outro lado,
está o maior concorrente da indústria brasileira que é a China, e que pode
desviar sua produção para o Brasil, acirrando ainda mais a competição
no mercado interno”, explica.
Ainda segundo ele, no meio
desse “tabuleiro” estão as operadoras logísticas que transportam as cargas,
componentes, peças, maquinários, grãos, medicamentos, roupas e bens de
consumo. “O real impacto deste cenário só será mensurado quando os preços se
estabilizarem. Nesse momento, a incerteza enfraquece a indústria e prejudica
o mercado, que não sabe se precisa ser mais agressivo e fazer estoque ou
esperar, contando com uma baixa das tarifas ali na frente”, destaca o
executivo da Prestex.
Mas, para Marcelo Zeferino, é preciso ver o copo
meio cheio e transformar a dificuldade em oportunidade. Ele lembra que no
setor automotivo a China não tem fábrica no Brasil e a logística de peças,
componentes, maquinário, a chamada logística de spare parts (gestão de peças
de reposição) se tornará muito relevante. “Uma coisa é certa: o estoque será
ainda mais just in time, demandando uma logística mais personalizada e
assertiva, com alta performance, para que a cadeia tenha uma flexibilidade
no atendimento. Algumas empresas americanas estão inclusive antecipando
compras de produtos manufaturados do Brasil. As operadoras logísticas que
estiverem preparadas para atender às demandas emergenciais, sairão na
frente”, ressalta o CCO.
Especializada em logística emergencial B2B, há
22 anos no mercado, a Prestex atende todos os segmentos e acompanha de perto
a movimentação comercial das indústrias. “Já temos aeronaves de sobreaviso e
estratégias predefinidas para atender rapidamente às demandas das empresas.
As próximas semanas serão decisivas”, conclui.
A aposta no modal aéreo
pela Prestex se deve à agilidade, segurança, cobertura global, possibilidade
de rotas alternativas e procedimentos rigorosos de segurança, que minimizam
riscos de perdas e danos. O executivo lembra que a participação do modal
aéreo no transporte de cargas nacional ainda representa cerca de 3%,
enquanto no exterior já chega a 6%.
O certo é que o setor logístico e a
agilidade na entrega desempenham um papel fundamental nos negócios das
empresas e no desenvolvimento econômico do país, refletindo no Produto
Interno Bruto (PIB) e na geração de emprego. Segundo a Associação Brasileira
de Operadores Logísticos (ABOL), o setor representa 1,8% do PIB nacional e é
responsável por 2,3% do total de pessoas ocupadas no país.
A análise
final do executivo da Prestex é que o tarifaço apresenta tanto desafios
quanto oportunidades substanciais para a logística brasileira. “A visão
estratégica, combinada com tecnologia, flexibilidade e habilidade de se
adaptar rapidamente, pode elevar o Brasil a um papel-chave na logística
global, capturando os benefícios de um ambiente econômico em mudança”,
conclui Marcelo Zeferino.
Intermodal 2025 começa
com recordes e foco em inovação logística e sustentabilidade (Estadão 23/04)
A 29ª edição da Intermodal South America começou nesta segunda-feira (22),
no Distrito Anhembi, em São Paulo, consolidando-se como o principal ponto de
encontro da cadeia logística da América Latina. Em um cenário de intensa
movimentação nos corredores e cerimônias de abertura lotadas, o evento
registrou números expressivos logo no primeiro dia: mais de 500 marcas
expositoras, 53 empresas estreantes e expectativa de receber até 46 mil
visitantes até o encerramento, na quarta-feira (24).
Estiveram presentes
no Intermodal 2025 o secretário-executivo do Ministério dos Transportes,
George Santoro; ministra substituta de Portos e Aeroportos, Mariana
Pescatori e, representando o Governo do Estado de São Paulo, o
secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lima.
Segundo Fernando D’Ascola,
head de negócios do portfólio de Infraestrutura e Tecnologia da Informa
Markets e um dos organizadores da feira, a edição de 2025 está 35% maior em
relação ao ano passado. “Estamos com um número recorde de marcas e,
principalmente, novos expositores. Empresas que nunca estiveram aqui ou que
voltaram após anos. Só no segmento de empilhadeiras, por exemplo,
conseguimos acomodar marcas de última hora com grande esforço logístico”,
afirmou. George Santoro, secretário-executivo do Ministério dos
Transportes, reforçou que “foram R$ 30 bilhões aplicados em rodovias
federais não concedidas nos últimos dois anos. Temos também a maior carteira
de concessões rodoviárias do mundo e expectativa de ampliar em 60% os
quilômetros concedidos até o fim de 2026. Nas ferrovias, avançamos com os
projetos de concessão para o Arco do Sudeste e o corredor Leste-Oeste da
Bahia”. Mariana Pescatori, ministra substituta de Portos e Aeroportos,
destacou que “temos R$ 19 bilhões previstos para este ano, com 21 empresas
programadas para leilões portuários. A BR do Mar, cujo decreto será assinado
em maio, deve impulsionar ainda mais o setor de cabotagem, que cresceu 25%
em 2024. Reformulado, o projeto garante mais segurança jurídica para os
investimentos nos transportes marítimo e aquaviário”.
Inovações e tendências
Entre os principais destaques
tecnológicos da edição, o uso de inteligência artificial aparece como um dos
temas mais recorrentes e promissores. “A IA está transformando os trâmites
burocráticos, otimizando recursos humanos e aumentando a eficiência dos
processos logísticos. Ela veio para ficar e já está sendo aplicada por
diversos expositores”, destacou o organizador.
Outra atração que chamou a
atenção logo no primeiro dia foi o lançamento de empilhadeiras movidas a
hidrogênio, sinalizando o avanço da pauta da sustentabilidade no setor.
“Hoje temos equipamentos a gás, elétricos, a combustão — e agora, a
hidrogênio. Os expositores estão acelerando essa transição e apresentando,
aqui, soluções que nunca haviam sido exibidas na Intermodal”, completou.
Internacionalização e parcerias estratégicas
A presença de
visitantes e marcas de mais de 90 países reforça o papel da Intermodal como
catalisadora da internacionalização da logística brasileira. “Visitamos
recentemente o Porto de Barcelona e temos portos americanos se preparando
para participar da edição de 2026. Essa conexão global é fundamental para
alavancar o setor na América Latina”, disse D’Ascola.
A feira também se
consolida como ambiente estratégico para investidores que buscam projetos
sólidos no Brasil. “O que ouvimos nos estandes é que os investidores existem
— o que eles buscam são oportunidades reais e bem estruturadas. E o evento
proporciona esse espaço de conexão e visibilidade”, afirmou.
Expectativas para os próximos dias
Com programação intensa, os
próximos dois dias prometem manter o ritmo. Os organizadores já falam em
desafios positivos: atender à demanda crescente por espaços maiores para
expositores que desejam ampliar suas demonstrações. “Há empresas que, mesmo
com estandes de 150 m², não conseguiram trazer tudo que gostariam. Para
2026, teremos que rever toda a planta. A procura é grande, o entusiasmo é
ainda maior”, finalizou D’Ascola.
A Intermodal South America 2025
acontece até 24 de abril, das 13h às 21h, com entrada gratuita para
profissionais do setor previamente credenciados.
Com investimentos do Novo PAC, Ministério dos Transportes entrega
mais um viaduto na BR-470/SC (Ministério dos Transportes 31/03)
O Ministério dos Transportes, por meio do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT), entrega, nesta segunda-feira (31),
mais um viaduto na BR-470/SC, em Blumenau, no Vale do Itajaí. A nova
estrutura, localizada no km 48, no bairro Fortaleza, no lote 3 da rodovia,
amplia a capacidade de tráfego no trecho e proporciona mais segurança para
os motoristas que utilizam a rodovia.
O viaduto recebeu investimento do
Governo Federal de aproximadamente R$ 16 milhões, com construção de pilares
e vigas, rampas de acesso, pavimentação e sinalização, além de quatro alças
de acesso e duas rotatórias, facilitando a separação do trânsito local e o
tráfego de longas distâncias.
Dos 27 viadutos previstos na duplicação da
BR-470/SC, dezoito estão concluídos. Com um orçamento total de
aproximadamente R$ 1,58 bilhão, montante contemplado pelo Novo PAC, o
Governo Federal investiu R$ 173 milhões apenas no último ano, garantindo
avanços significativos na obra, que beneficia cerca de 30 mil motoristas
catarinenses diariamente.
Importância econômica
A BR-470/SC é considerada o principal
corredor logístico de Santa Catarina, conectando as regiões Oeste e
Meio-Oeste ao litoral norte do estado, onde estão localizados os portos de
Itajaí e Navegantes, além do aeroporto de Navegantes.
A rodovia tem papel
estratégico no transporte de produtos de exportação e importação, como
matérias-primas, grãos, carnes, madeira e móveis, fundamentais para a
economia catarinense.
Próximas entregas
A previsão do DNIT é finalizar os serviços nos
lotes 1 e 2 ainda em 2025, incluindo mais dois novos viadutos, em Gaspar (km
35) e Navegantes (km 4). A entrega do trecho, que abrange as cidades de
Navegantes, Ilhota, Gaspar, Blumenau e Indaial, está prevista para 2026. Ao
todo, o empreendimento soma mais de 82% de conclusão e 62 quilômetros
entregues e duplicados.
Portos do Arco
Norte transportaram 47,4% de todo o milho exportado pelo país em 2024,
superando outros corredores (Amport 27/03)
De acordo com o Anuário
Estatístico da ANTAQ divulgado em fevereiro deste ano com os dados
consolidados de 2024, os portos privados do Arco Norte - que inclui os
portos da região Norte e Nordeste acima do paralelo 16ºS - movimentaram 52,3
milhões toneladas de soja e milho para exportação em 2024.
Desse total,
foram exportadas 18,4 milhões de toneladas de milho, o correspondente a
47,4% de toda a exportação de milho no país; e 34,4 milhões de toneladas de
soja, ou o equivalente a 35,3% do total nacional. Os percentuais
impressionam, pois superam todos os outros corredores do país, inclusive
Santos, que exportou 16,7 milhões de toneladas de milho em 2024 (o
correspondente a 42% do total nacional); e 27,9 milhões de toneladas de soja
(28,3% do total de exportações no país em 2024).
Segundo o diretor
presidente da Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo
de Cargas da Bacia Amazônica (AMPORT), Flávio Acatauassú, o resultado mostra
como o setor é resiliente e trabalha com afinco para crescer de forma
consistente e constante, mesmo em um cenário de seca extrema, como se
observou em 2024. “Somos resilientes e estamos preparados para acelerar
nosso crescimento ano a ano. Em 2024, passamos por inúmeros desafios, com um
período extremamente seco que nos impactou, mas não nos imobilizou.
Trabalhamos, como sempre, com amplos investimentos em infraestrutura, com
sustentabilidade e preocupação ambiental”, explicou o executivo.
Apesar
dos resultados positivos, os representantes dos portos privados do Arco
Norte reforçam a necessidade de investimentos para que o período de seca
cause o mínimo de impactos para a navegação na região.
“A dragagem dos
pontos críticos do Rio Tapajós, a ser realizada pelo Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes (DNIT), é extremamente necessária para que
naveguemos de maneira perene, evitando a interrupção no escoamento de cargas
no período da seca, que impacta sobremaneira o segmento. Defendemos o
desenvolvimento do setor e da economia brasileira, através da correta
aplicação de políticas públicas e privadas que possam mitigar os problemas
causados pela seca, respeitando o meio ambiente e buscando o bem estar da
sociedade como um todo”, detalhou Acatauassú.
Expectativas
O setor fechou 2024 com alta expectativa para
2025. “Atualmente, temos uma capacidade instalada de 52 milhões de toneladas
e já há investimentos em andamento para mais 48 milhões de toneladas de
granéis. Ou seja, teremos uma capacidade de embarque de cerca de 100 milhões
de toneladas de grãos nos próximos cinco anos. Estamos preparados para essa
crescente demanda e nos modernizando ainda mais para continuarmos crescendo
de forma competitiva”, finalizou o diretor presidente da AMPORT.
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